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 Plastimodelismo Jundiaí: arte, história e criatividade em escala
22 de outubro de 2018

Plastimodelismo Jundiaí: arte, história e criatividade em escala

Grupo capitaneado por seu Joel, de 78 anos, expõe seu hobby e ajuda o Grendacc

Edu Cerioni

Em 1949, Joel Cascaldi montou seu primeiro avião. Era de madeira ainda. Embarcou nas asas de um sonho de menino que nunca o abandonou. Hoje, aos 78 anos, o aposentado é referência no Brasil com sua frota de modelos de plástico em escala da 2ª Guerra Mundial, alguns exibidos no Tênis Clube neste domingo (21). Cada um deles foi pintado, camuflado, adesivado e retrata fielmente sua história, trabalho de artista mesmo.

Seu Joel é uma espécie de piloto do Grupo de Plastimodelismo de Jundiaí, fundado em 2017, e que promeveu sua primeira mostra coletiva seguida de concurso. E, ainda mais legal, um evento solidário: os expositores pagaram taxa de inscrição que foi revertida integralmente ao Hospital da Criança do Grendacc.

O grupo apresentou também carros e motos de rua e de competição, navios, espaçonaves e outros. Uma das categorias foi a diorama, recriando de forma tridimensional, de um jeito realista, cenas de guerra e da vida, surpreendendo sócios e visitantes do Tênis.

O Grupo de Plastimodelismo de Jundiaí reúne desde jovens a veteranos entusiastas do hobby de montar kits em escala. Esse pessoal leva seus trabalhos para fora, especialmente Campinas e São Paulo, e agora também vai focar em Jundiaí e região.

Guilherme Sandrini conta que muitos pensam que plastimodelismo é brinquedo pronto, um equívoco. “O modelo vem na caixa, mas a partir daí é que entra a arte e a pesquisa histórica para busca a cor certa, os detalhes de época. Ou ainda para criar em cima e fazer uma personalização. Tem toda uma complexidade que requer estudo e muito tempo de dedicação”, diz. “Para muita gente é uma terapia”, completa.

Hobby de grande interesse no Japão e nos Estados Unidos, o plastimodelismo também tem muitos adeptos pelo Brasil.

As escalas vão de 1:8, que é bem grande, e até 1:144. Seu Joel só trabalha na escala 1:32, ou seja, isso significa que se colocarmos trinta e duas miniaturas enfileiradas, teremos o tamanho do modelo original. “Não voa, mas bem que merecia”, fala, rindo.

Quanto tempo leva para ficar pronto um avião? “Se trabalhar duro, oito horas por dia, dá para fazer um por mês”, responde o morador do Centro, onde tem uma sala de exposição de sua coleção. Guilherme conta que tem quem faça um carrinho em uma semana, porque o tempo varia de projeto para projeto.

Quanto custa a ‘brincadeira’? A resposta é de Guilherme: “É dolarizado!” Isso significa um preço flutuante. Para o começo com um carrinho, o investimento no kit vai sair por cerca de R$ 200,00. Mas os passos seguintes vão elevando esse valor, por conta da necessidade de tintas especiais, de um compressor e outros. Um carrinho pode ter rodas especiais, bancos, motores e até cabos de vela.

Guilherme curte os dioramas e lembra que o presépio é um exemplo do que é essa arte. No Tênis Clube, havia dioramas das duas grandes guerras, a do Vitenã, a do Iraque etc.

Além de estudo e capricho, é preciso cuidado. Trata-se de material delicado para lidar, por isso os avisos de “não tocar” se espalharam por todas as mesas da exposição.

Veja fotos exclusivas do JundiAqui:   

Fotos: Edu Cerioni

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