As escolas de samba de Jundiaí decidiram a data do desfile do ano que vem: 2 de março, um sábado em meio à Quaresma.

A aposta é virar tradição e tentar fazer com que Jundiaí ofereça, em alguns anos, “o melhor Carnaval fora de época de São Paulo”, como diz Everson Bellato Cirino, o Metal, presidente da Liga das Escolas de Samba de Jundiaí (Lijunes).

Agora em 2023, já teve desfile em abril e, apesar da noite fria, Metal diz que a folia “surpreendeu positivamente”.

Ele explica com exclusividade ao JundiAqui, a mídia mais foliã da cidade: “Nossa ideia este ano era fazer fora de época, mas não tão distante do Carnaval oficial. Acabou sendo em abril por uma série de acontecimentos e ainda assim foi uma surpresa agradável. No ano que vem vai ser 15 dias após o desfile das campeãs de São Paulo”.

Metal avalia que ao deixar de concorrer com a Capital, as escolas de Jundiaí ganham mais moradores daqui para desfilar, atraem mais gente da região e podendo até ganhar reforços de  personalidades de São Paulo. “Em abril já vieram ver nosso desfile membros ou dirigentes da Tucuruvi, da Tatuapé, da Camisa Verde e Branco, da Embaixadores do Samba e da Barroca. Nós dirigentes da liga vemos como o futuro do Carnaval no Interior a folia fora de época, não tem outro jeito”.

Este ano desfilaram Arco-Íris, Leões da Hortolândia, União da Vila, Império da Maringá, Caprichosos e União do Povo em passarela montada na Cidade Administrativa, com o batuque do bloco Kekerê abrindo as apresentações. Outras mais devem desfilar em 2024.

E Metal avisa a quem estranhou ser na Quaresma: “Após muitas transformações, hoje o Carnaval é apenas uma competição de criatividade cultural, sem contar que 70% dos temas abordados nos grandes desfiles são sempre religiosos”.