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Jundiaqui

 Estandarte do Refogado do Sandi já desfilou até no Vaticano. Será que o Papa viu?
2 de fevereiro de 2021

Estandarte do Refogado do Sandi já desfilou até no Vaticano. Será que o Papa viu?

A guardiã Rita Rodrigues e a rainha Cida Bombral é que levaram a ‘bandeira para o Papa ver’

Edu Cerioni

Orgulho de fazer parte da história do Carnaval de Jundiaí tem Rita Rodrigues, 66 anos, a porta-estandarte do Refogado do Sandi. É ela a guardiã e quem leva o símbolo maior do bloco no desfile pelas ruas do Centro, algo que não se repetirá este ano por conta da pandemia do novo coronavírus – pelo menos agora em fevereiro o desfile está suspenso, quem sabe daqui a alguns meses com a ampliação dos vacinados… “Com certeza, em 2022 estaremos lá”, avisa.

Rita é a única mulher a ter desfilado em todos os anos do bloco nascido em 1994. Ela conta que foi “abençoada com um samba do Erazê Martinho e agraciada com os títulos de rainha e de guardiã”. Só não levou o estandarte em seu reinado, quando o passou para as mãos de Leila Carbonari. Na última década também resolveu dividir o privilégio de levar o estandarte com Ana Souza, a Ana Preta. Rita fazendo o trajeto de ida pela rua Barão de Jundiaí e Ana o da volta, pela rua do Rosário.

Rita coleciona uma infinidade de coisas referentes ao bloco. Fez uma pasta com dezenas de e-mails trocados com Erazê, criado do Refogado de quem também guarda bilhetinhos e poemas. A pasta é tão especial que mostrou a Erazê e este deu autógrafo na primeira folha. Tem recortes de jornais, muitas fotos e recordações. Guarda ainda troféus e uma infinidade de fantasias.

“A Rita no Centro do Nosso Coração” foi o samba de 2001, quando os foliões cantaram para a rainha “A Rita levou o Refogado/No Centro pra desfilar/O bloco com rebolado/Alegre sambou…”. “A sensação de estar no meio dos amigos é incrível e o respeito que as pessoas têm comigo de porta-estandarte é tocante”, descreve.

Esse privilégio de ser porta-estandarte veio por conta de samba no pé. Rita foi com Márcio Pines, outro presente em todos os desfiles, e Ademir Tafarelo, na Flor de Liz, casa noturna em Campinas, e dançou com Márcio como se ela fosse a porta-bandeira e ele o mestre-sala de escola de samba, roubando a cena. Ademir não teve dúvidas em apontar que formavam a dupla perfeita para sair na frente do bloco, como aconteceu já em 1994, com as bênçãos de Erazê. Ela saiu vestida de colombina.

Rita também dá o acabamento nas faixas que as rainhas usam (assim como na dos outros membros da corte a partir de 2008), que são confeccionadas por Maria Aparecida Bombral, a Cida, que teve seu reinado em 1998. A faixa é em cetim vermelho e bordada em branco.

Essa mesma dupla levou o estandarte do bloco para o Vaticano em 2016. Era para o Papa Francisco ver, quem sabe se isso aconteceu, de certo as duas  tentaram. O estandarte foi aberto em plena Praça São Pedro, ganhando o foco de muitas câmeras de turistas. A foto mais ao alto foi feita por um turista japonês e a negociação foi na base da mímica e muitos sorrisos e agradecimentos com a cabeça. “A ideia era abençoar nosso símbolo sagrado”, explica Rita.

No baú de fantasias que Rita tem em sua casa, existem coisas que remetem à Itália e outros países mais, quer sejam suas ou de amigos, baú que muitos recorrem no dia do desfile. O “esquenta” na casa de Rita é famoso no Refogado. Primeiro era em seu apartamento no Centro e depois passou para a Vila Rio Branco. Erazê nunca perdeu um, assim como Picôco Barbaro, folião do bloco e ex-colunistas social do JundiAqui, e outros. Começa antes do almoço e vai até perto das 16 horas, quando todos saem fantasiados para a folia. Esse ano acontece em “petit comité” e a fantasia exigida é a máscara.

E se nunca existiu refogado no Bar Sandi, onde nasceu o bloco Refogado do Sandi, na casa da Rita tem sim senhor! Servido com arroz, feijão gordo e farofa. E ela dá a receita: carne, linguiça, batata, cenoura e vagem, que cozinha em um panelão com água e que teve a base primeiro com alho, cebola, óleo e sal.

CIDA

Maria Aparecida Bombral, a Cida, 65 anos, foi o centro das atenções em 1998. Lembra que contou com torcida e cabos eleitorais na disputa com Silvana Ferreira, mas reconhece que no fim pesou mesmo a decisão do Erazê de que seria ela a rainha e esse anúncio veio com uma explosão de alegria no embalo não de samba e sim de rap.

Foi uma inovação do compositor para o desfile a troca de ritmo do “Erva Ruim”: “Que povo é esse/Que vem chegando/Todo enfeitado/Se rebolando?/Que bloco é esse/Que acaba de chegar/Não disseram que esse bloco ia se acabar?…” Cida se acabou de alegria…

Essas e outras histórias você lê na íntegra no livro “Infinita é Tua Beleza”, no qual conto a evolução do Refogado do Sandi desde 1994. O livro está à venda pela Editora In House ou pelo (11) 97338-7784, ao preço de R$ 50,00 mais frete.

Você também pode concorrer e ganhar um exemplar. Basta publicar em suas redes sociais uma fotografia de Carnaval e marcá-la com as hashtags #cereserautentica e #carnavaljundiaqui. É só para maiores de 18 anos hein, porque você vai concorrer também a um kit Cereser Spritz, uma bebida leve e refrescante, perfeita para o verão e que combina totalmente com Carnaval, mesmo virtual este ano.

Em tempo: Erazê, Picôco, Ana Preta e muitos outros foliões vão ter suas histórias de Carnaval contadas aqui, fique ligado. Só está começando a folia. Afinal, em fevereiro tem Carnaval, tem Carnaval – mesmo que virtual!

 

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