LOADING...

Jundiaqui

 Ignezinha troca pandeiro neste Carnaval pela poesia
23 de fevereiro de 2021

Ignezinha troca pandeiro neste Carnaval pela poesia

Ela fez uma homenagem ao Refogado do Sandi, à Cereser e ao JundiAqui também

O Refogado não sai às ruas
Nesta sexta-feira de Carnaval
Mas vistam as fantasias suas
Pois teremos Carnaval virtual.

Os foliões todos ansiosos
Aguardando esse grande dia
Crianças, jovens, mesmo idosos
Tristes por causa da pandemia.

O Bloco Refogado é daqui
Sempre faz sucesso no Carnaval.
Entre no Face do JundiAqui
Com Edu que é sensacional.

A animação dessa folia
Será de Mil Taroba e Fofão
Esses dois têm muita harmonia
E os foliões pulam sem exaustão.

Vai haver muito samba, marchinha
Samba-enredo pro povão delirar
É nessa hora que as mocinhas
Mostrarão como sabem requebrar.

Prá refrescar nesse Carnaval
Só uma Spritz bem gelada
Com moderação e sem Sonrisal
Pulará até de madrugada.

É um produto da CERESER
Sendo portanto bem preparado
Você toma a hora que quiser
E se sentirá reconfortado.

Meu colega Erazê Martinho
Deu inicio ao Bloco do Sandi
Homenageando com carinho
Duas mulheres de um bar daqui.

Ficava na Rua Pirapora,
Lotava. Adeptos do Sandi
Foliões têm lembraça agora
da SANDRA e DIVA- é o SANDI

Elas eram proprietárias
Desse bar por demais procurado
Iguarias lá, tinha várias
De tudo lá era encontrado.

Não, eu não havia esquecido
Da “Deretora” citá-la aqui
A ela aplauso merecido
Comanda com orgulho o Sandi.

Após Erazê ter falecido
Gisela conduz o Refogado
Palmas a ela, é merecido
Pois o que faz é bem planejado.

A todos bom divertimento
Curtam essa live de Carnaval
Fiquem em casa nesse momento
Pois sua saúde é principal.

O Refogado do Sandi tem alguns foliões com o título de extraordinários, são eles Ignezinha do Pandeiro, aquela que agita o ano inteiro, a Condessa Mikomaly, drag queen incorporada pelo artista performático João Nani, além da já falecida Noninha. A última a entrar para a lista foi Solange Natura. Receberam a honraria do bloco como “hors concours” – na tradução do francês ao português quer dizer fora do concurso, isso por um feito excepcional.

Maria Ignez de Oliveira Lemi tem 88 anos, mais de sessenta deles foi casada com Odilon, falecido recentemente. Ela foi homenageada por Erazê Martinho, criador do bloco, em 2005. Depois disso, teve dois dos sambas do Refogado que falam dela, o de 2008 que diz “ó minha professorinha, o teu sorriso nos contagia” e o de 2015, “de janeiro a janeiro, Ignezinha do Pandeiro”, enaltecendo seu fôlego de campeã.

Ela desfilou até doente, de capa plástica e com a filha Maria Carmo a acompanhando o trajeto todo com um guarda-chuva. “É imperdível”, define.

Moradora do Centro, ela fez a Escola Normal de Jundiaí junto com Erazê e depois seguiram caminhos diferentes que só voltaram a se cruzar por conta do amor ao samba. Cita que Erazê era bom aluno e melhor ainda escrevendo letras para o Refogado – embora as duas que citam ela já sejam da fase de Wandão.

Chorou a morte do amigo com batidas no inseparável pandeiro – ela fez piano por sete anos, mas foi por esse instrumento que se apaixonou na juventude e até hoje segue firme com ele em festas do bloco e também no Bar Natura. A pausa forçado no último ano é por conta da pandemia do novo coronavírus, que impediu aglomerações e colocou o Carnaval 2021 no plano virtual.

“Tenho orgulho dessa distinção que o Erazê me fez”, diz. Ela guarda o convite de formatura da turma de 1950 que tem o nome deles entre os 25 alunos, sendo que Erazê foi o orador e a paraninfa a professora Mercedes Aguiar Martins.

Ignezinha é também rainha eterna do bloco da Ponte Torta e desfilou já no Chupa que é de Uva.

Prev Post

Mariana Godoy estreia segunda no…

Next Post

Jundiaí tem 3.131 vacinados com…

post-bars

Leave a Comment