LOADING...

Jundiaqui

 Há 50 anos, Brasil via na TV a “Grande Família” com jundiaiense como Dona Nenê
28 de janeiro de 2022

Há 50 anos, Brasil via na TV a “Grande Família” com jundiaiense como Dona Nenê

Eloisa Mafalda participou das quatro primeiras temporadas da crônica da família brasileira

O autor Oduvaldo Vianna Filho dizia que “A Grande Família” reunia “pessoas que sem estar no topo, sem frequentar as colunas sociais, continuam maravilhosas porque enfrentam e vencem todas as situações apresentadas pela vida”. E quem deu vida a Dona Nenê, figura central dessa história, foi a jundiaiense Eloisa Mafalda.

A série cômica estreou em 1972 e ficou no ar até 1975, pouco tempo depois de os episódios começarem a ser exibidos em cores. A família da classe média baixa do seriado era composta por Nenê, uma supermãe preocupada em resolver os problemas domésticos; Lineu (Jorge Dória), um veterinário que tinha que dar conta de todas as dificuldades financeiras da casa; Bebel (Djeane Machado, depois Maria Cristina Nunes), única filha do casal e mulher de Agostinho (Paulo Araújo), um folgado garçom de motel que vivia aprontando para cima do sogro; os filhos Júnior (Osmar Prado), um estudante de esquerda contestador e engajado; e Tuco (Luiz Armando Queiroz), um hippie irresponsável e desligado. O integrante mais velho da família era seu Floriano (Brandão Filho), o avô aposentado que dormia na sala e vivia reclamando das pessoas que chegavam da rua e se jogavam sobre o seu sofá.

No dia a dia da família, eram abordadas questões sociais como desemprego e falta de dinheiro. Também eram feitas várias críticas à situação política do país. O episódio “Recadão”, por exemplo, trazia referências sutis à censura. Os personagens não conseguiam se comunicar e deixavam bilhetes uns para os outros. Mas cada um procurava censurar a informação à sua maneira, não permitindo com que ela chegasse ao destinatário.

“A Grande Família” teve nesta primeira fase um total de 112 episódios exibidos semanalmente nas quintas-feiras às 21 horas. Os primeiros episódios foram baseados no seriado “All in the Family”, sucesso nos Estados Unidos. Mas logo na primeira temporada viu-se a necessidade de transformá-lo em algo que retratasse a rotina do subúrbio tipicamente brasileiro. Em julho de 1974 Oduvaldo Vianna Filho faleceu de câncer e Paulo Pontes assumiu o cargo de redator.

Em 22 de dezembro de 1987, a Rede Globo exibiu um especial de Natal com “A Grande Família”, reunindo o elenco original e convidados, programa que mostrava como estava a família doze anos depois, com o nascimento dos netos de Lineu e Nenê. 14 anos mais tarde, “A Grande Família” era resgatada pela Globo, agora com novos atores e a mesma pegada de entreter a família brasileira que se via na telinha – é possível acompanhar os episódios pelo Canal Viva.

Prev Post

A Paulicéa é só saudades

Next Post

A chuva

post-bars

Leave a Comment