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Jundiaqui

 Leonardo Villar é ator inesquecível que foi dirigido por jundiaiense
7 de julho de 2020

Leonardo Villar é ator inesquecível que foi dirigido por jundiaiense

Ele fez história com a Palma de Ouro de Cannes e esteve em filme de Beto Brant também

O ator Leonardo Villar, que faleceu em São Paulo na última sexta-feira (3), aos 96 anos de idade, deixou uma marca na televisão e no cinema brasileiro. E entre seus filmes, um é do diretor jundiaiense Beto Brant: “Ação Entre Amigos”.

Villar encantou gerações de espectadores com seu talento. Natural de Piracicaba, nasceu em 1923. Aos 25 anos, em 1948, ele se formou na Escola de Arte Dramática e desde logo deu início a uma carreira que resultou numa das maiores da dramaturgia brasileira.

Sua estreia como ator profissional se deu sob direção de Bibi Ferreira na Companhia Dramática Nacional (CDN), ainda em 1948, na peça “A Raposa e as Uvas”. Por oito anos, integrou o elenco do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC).

Na televisão, a primeira novela foi “A Cor da Tua Pele”, em 1965, na TV Tupi. Seguiram-se outras dezenas, em diversas emissoras. Inaugurou a TV Bandeirantes como Jean Valjean em “Os Miseráveis” (1967). Na TV Globo, na qual ingressou no começo dos anos 1970, o ator substituiu o amigo e compadre Sérgio Cardoso nos 20 capítulos finais de “O Primeiro Amor” (1972). Emendou “Uma Rosa Com Amor” (1972/73), “Os Ossos do Barão” (1973/74), “Escalada” (1975), “O Grito” (1975/76) e “Estúpido Cupido” (1976/77).

Entre as décadas de 1980 e 1990, o ator participou de mais novelas e minisséries, como “Coração Alado” (1980/81), “Marquesa de Santos” (1984), Barriga de Aluguel (1990/91) e outras, chagando a “Laços de Família” (2000/01), “Pé na Jaca” e “Passione” (2010), que teve ainda a também jundiaiense Bianca Bin.

No teatro, Leonardo participou de montagens de textos consagrados, inclusive fazendo “O Pagador de Promessas”, de Dias Gomes, no papel de Zé do Burro. Papel esse que repetiu no cinema, sob direção de Anselmo Duarte, naquele que rendeu a primeira e até hoje única Palma de Ouro a um filme brasileiro no Festival de Cannes.

O cinema rendeu a Leonardo Villar outros grandes momentos em filmes como “Lampião, o Rei do Cangaço”, “O Santo Milagroso”, “A Madona de Cedro”, os três de Carlos Coimbra; “A Hora e a Vez de Augusto Matraga”, de Roberto Santos; “Chega de Saudade”, de Laís Bodanzky, e “Ação Entre Amigos”.

FILME DE 1998

O longa de Beto Brant “Ação Entre Amigos” volta até 1971, quando Miguel, Paulo, Elói e Osvaldo participaram da luta armada contra a ditadura militar e acabaram sendo presos quando tentavam assaltar um banco. Eles foram barbaramente torturados.

Passam-se 25 anos até que os quatro amigos vão para uma pescaria e Miguel mostra uma foto de um encontro político em São Paulo, afirmando que uma das pessoas fotografadas foi Correia, papel de Leonardo Villar, o homem que os torturou por meses. Oficialmente, Correia teria morrido, mas a verdade é que ninguém viu o corpo.

O quarteto se une então em uma busca que acaba com o sequestro de Correia. Inicialmente ele nega tudo, mas após levar um tiro na perna, admite ser o torturador e revela algo inimaginável: ele só os prendeu porque entre os quatro ali existe um delator…

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