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Jundiaqui

 Relembre os bons tempos de Mazzaropi em Jundiaí
15 de março de 2021

Relembre os bons tempos de Mazzaropi em Jundiaí

Veja a divertida história desse artista que passou pela cidade com um circo e resolveu ficar mais tempo aqui

AMÁCIO MAZZAROPI

(São Paulo, 09/04/1912 + Pindamonhangaba 13/07/1981)

Artista circense, humorista de rádio e cineasta. Filho de Bernardo Mazzaropi e Clara Ferreira Mazzaropi. Amácio Mazzaropi foi criado em Taubaté, onde, desde criança, costumava assistir aos espetáculos circenses que chegavam à cidade. Quis ser artista, contrariando a vontade de seus pais, que queriam que ele estudasse. Começou a trabalhar em teatro, primeiro como pintor de cenários, e depois como ator, ganhando 25 mil réis por apresentação.

Em 1935, Mazzaropi veio ter o seu primeiro contato com Jundiaí, integrando a trupe de um circo que se instalou na Praça da Bandeira, local ainda conhecido, nessa época, como Largo da Santa Cruz. Quando o circo deixou a cidade – ao que consta, após total fracasso de bilheteria, devido a chuvas torrenciais que castigaram a cidade –, Amácio não seguiu junto; resolveu ficar, com a intenção de montar a sua própria companhia.

Com as poucas economias que tinha, o artista hospedou-se em uma pensão na Rua Baronesa do Japi e dali partiu em busca de apoio para o seu projeto, fazendo contatos com alguns empresários locais. Desta forma, conseguiu construir um barracão desmontável, o qual foi denominado Teatro de Emergência Pavilhão Mazzaropi e cujo primeiro espetáculo foi apresentado na Vila Arens, com a encenação da peça “Divino Perfume”, de Roberto Viana.

De Jundiaí, o Pavilhão Mazzaropi partiu para outras cidades do interior do Estado, conquistando grande fama. Já em 1945, Mazzaropi estreava o seu primeiro trabalho profissional em São Paulo – “Filho do Sapateiro, Sapateiro Deve Ser” – e, um ano depois, ele era contratado pela poderosa Rádio Tupi, onde passou a comandar o programa “Rancho Alegre”, que em 1950 foi leva-do também para a televisão, ainda no primeiro mês de vida da antiga TV Tupi, Canal 3.

Em 1952, foi contratado pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz, onde estreou como ator em “Sai da Frente”. Depois vieram “Nadando em Dinheiro” (1952), “Candinho” (1953), “A Carrocinha” (1955), “O Gato de Madame” (1956), “Fuzileiro do Amor” (1956), “O Noivo da Girafa” (1957) e “Chico Fumaça” (1958).

Em 1958, fundando sua própria produtora – a Produções Amácio Mazzaropi (PAM Filmes) –, ele realizou um total de 24 filmes, alcançando, com todos eles, sucesso absoluto de bilheteria.

Essa série começou com “O Chofer de Praça”, produzido por ele em 1958, e se encerrou com “Jeca e a Égua Milagrosa”, que foi filmado um ano antes de o artista falecer.

Mazzaropi também passou pela TV Excelsior, tomando parte no programa “Brasil 63”, que era apresentado por Bibi Ferreira, gravou vários discos com músicas próprias, que foram muito tocadas no rádio, entre os anos 1950 e 1970.

Filmografia: Chofer de Praça (1958); Jeca Tatu (1959); As Aventuras de Pedro Malasartes (1960); Zé do Periquito (1960); Tristeza do Jeca (1961); O Vendedor de Lingüiça (1962); Casinha Pequenina (1963); O Lamparina (1964); Meu Japão Bra-sileiro (1964); O Puritano da Rua Augusta (1965); O Corin-thiano (1966); O Jeca e a Freira (1967); No Paraíso das Solteironas (1968); Uma Pistola para Djeca (1969); Betão Ronca Ferro (1970); O Grande Xerife (1972); Um Caipira em Bariloche (1973); Portugal Minha Saudade (1973); O Jeca Macumbeiro (1974); Jeca Contra o Capeta (1975); Jecão…Um Fofoqueiro no Céu (1977); Jeca e o seu Filho Preto (1978); A Banda das Velhas Virgens (1979); O Jeca e a Égua Milagrosa (1980).

“Casinha Pequenina”, filme lançado em 21 de janeiro de 1963 e que marcou a estreia dos atores Tarcísio Meira e Luís Gustavo no cinema, teve diversas cenas filmadas em Jundiaí, com a participação de figurantes da cidade.

Por Celso de Paula

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