Ele foi criado antes mesmo do surgimento da nossa Festa da Uva

O decreto 5.185, de 1931, autorizou a instalação de um Posto de Inspeção de vinhos Nacionais, em Jundiaí, assinado por Laudo Ferreira de Camargo, interventor Federal no Estado de São Paulo, sob imediata orientação da Inspetoria de Policiamento da Alimentação Pública.

O objetivo era o de examinar as propriedades e a produção vinícolas na cidade, fornecendo atestado aos vinhos julgados bons. Claro que isso também gerava a cobrança de impostos: os fabricantes de vinho ficaram obrigados a pagar diretamente ao Posto de Inspeção uma taxa de 20 réis por litro.

O Posto de Jundiaí, além do exame dos vinhedos e a orientação dos viticultores sobre as variedaes mais úteis de uvas e processos de vinificação em geral de maneira a se obterem os melhores tipos de vinho, era responsável pela analise sistemática da produção. Também organizava uma estatística completa de todas as viticulturas, com detalhes sobre a situação e extensão das propriedades e dos vinhedos, produção anual, total exportável dos vinhos e seus tipos, condições meteorológicas por ocasião de cada vindima e diferentes tipos de tratamentos das uvas.

Os vinhos inspecionados recebiam um atestado em que se mencionava sua procedência (titulo da propriedade, situação e nome do fabricante) e seu tipo, autenticando-se, devidamente, cada volume. Só mediante o devido atestado do Posto de Inspeção é que poderiam ser despachos com livre trânsito nas estradas de ferro e de rodagem.

Os vinhos flagrados nas estradas sem atestado eram apreendidos e conduzidos à Inspetoria do Policiamento da Alimentação Pública para serem, analisados e, quando considerados bons, devolvidos aos donos, isso depois de paga a taxa ao posto. Vinhos ruins eram descartados.

O Posto de Inspeção daqui respondia pelas cargas enviadas pelas entradas de ferro Sorocabana, Paulista, São Paulo Railway e Itatibense, com pontos terminais em Itupeva, Rocinha (hoje Vinhedo), Campo Limpo Paulista e Itatiba.