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Jundiaqui

 Jundiaí reverencia talento de Venâncio com show da Mágicos & Místicos
10 de outubro de 2017

Jundiaí reverencia talento de Venâncio com show da Mágicos & Místicos

Músicas das praças leva emoção ao palco do Sesc em show histórico

Edu Cerioni

Venâncio Furtado tinha um lema: “Antes morrer de prazer do que de tédio”. O cantor e compositor deu adeus em 2013, mas sua obra agora está eternizada no melhor da música jundiaiense. Treze das canções que criou, foram reunidas no show “Pelos Ares da Ilusão”, com a banda Mágicos & Místicos, domingo (8), no Sesc Jundiaí.

Casa cheia… cheia de energia boa. O resultado foi um som apurado, trabalhado com riqueza, que só valorizou a herança deixada por Venâncio daquilo se ouvia nos anos 80 pelas praças da cidade.

Na Praça do Armazém, no Eucalipisom e em outros lugares, Venâncio deitava e rolava com sua criatividade e seu violão – não tinha hora pra acabar, não tinha tempo ruim para criar. No Sesc tinha violão, viola, guitarra, contrabaixo, cavaquinho, flauta, percussão… Tinha amigos em cena, transpirando emoção – com direito a lágrimas de saudades de uns em cima do palco e de tantos outros na plateia.

A ideia de reverenciar Venâncio surgiu de Flávio Gut e Clarina Fasanaro, ele na produção e ela cantando. Juntou-se a eles Christofer Waiteman Furtado, sobrinho do autor de “Mister Poder” e guitarrista.Chis contou que ouviu, junto com Eli, presente na plateia, um último pedido de Venâncio: “Faz um show em minha homenagem. Tributo não, que eu não tenho nada a pagar”. E que show fez o garoto!O amigo de longa data Tom Nando, o Fofão para o Venâncio, brilhou, especialmente ao cantar “Esetnis”, que lida de trás para a frente quer dizer “Síntese”. A letra é toda invertida e Fofão deu conta do recado de um jeito que deixou o público boquiaberto.As letras de Venâncio são todas atuais. Falam de amor, de igualdade, de preservação da natureza.

Destaque para a voz de Telma Costa, que já gravou um CD que tem canções de Venâncio. Pura magia no ar.

Também Gariba (o Hamilton Ramalho) e Paulo Silva fizeram um resgate digno. Paulinho errou uma letra, mas não perdeu o rebolado – se o criador da canção viu lá do céu, se divertiu, o que sabia fazer como poucos.Maestria é a definição para a percussão e o som tirados por Antunes Nasser e Marcola. Surpreendente ouvir Michel Danon na flauta.

Os nove músicos e amigos de Venâncio se mostraram maduros para um projeto ousado e que mereceu ensaios e mais ensaios no Estúdio Som da Terra nos últimos meses. Acompanhei um desses ensaios e no show levei um pé no peito de tanta energia – que também ficou evidente na iluminação do Décio Scalli.Estava ali a Paty com sua alegria contagiante, ao lado do Negão e dançando feito criança com o Rui. Saito e Bete conseguiram lugar na primeira fileira. Ela se acabou de chorar, um choro bom de se permitir. O Papo apareceu, a Marici Nicioli e o Pipinho também. Estava lá pra conferir tudo José Arnaldo de Oliveira, que abraçou a ideia e a fez ainda maior.Zé Renato, Bardo, Angelo, Kátia, Betho Silva e outros Beto, Renato, Joelma, Regina, Ritinha, Márcia, Amanda, Fábio, Luly, Cida, Carol e uma infinidade de amigos também testemunharam um momento histórico no Sesc, aprovado por Vander e Joel, irmãos de Venâncio. Juliana Fernandes levou o filho João, que se encantou com a música escolhida para o bis, “Mágicos e Místicos”, escrita por Jujuba, Junior Silva, também já falecido, e que batizou a banda e foi feita para Venâncio, aquele que “encaixa o verbo ao som e vira arte”. A noitada prosseguiu depois por longas horas no Koh Samui, restaurante de Tom Nando, onde as histórias foram se sucedendo.

Muitos ficaram sem ingresso e isso deve levar a banda a nova apresentação. Quem sabe em uma praça? Fica a dica para uma próxima Sexta no Centro.

Aqui fotos antes e depois do show…  

Fotos: Edu Ceroni

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