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 Jundiaí fora da política estadual e federal
3 de outubro de 2022

Jundiaí fora da política estadual e federal

Por Nelson Manzatto

Não sou político nem cientista político, nunca ganhei dinheiro fazendo política. Apenas sou mais um cidadão que, após uma eleição, se frustra com a informação e a manchete de que “Jundiaí não elegeu nenhum deputado federal e muito menos estadual!”

Para uma cidade com mais de 300 mil eleitores, Jundiaí poderia e deveria eleger ao menos dois deputados para cada um dos cargos ditos acima. “Ué, mas a gente não tinha tantos candidatos? Por que ninguém se elegeu?” E aí, as coisas começam a se clarear: são muitos os candidatos, mas até que ponto fizeram algo pela cidade ou região? E não precisa ser psicólogo pra responder: O que fizeram? E se fizeram pela cidade, será que não foi pedir pra fechar um buraco na rua perto de sua casa? Claro que o leitor inteligente vai entender e não vou precisar explicar isso.

O problema maior não está aí. Ele está não na pulverização de votos, mas na “invasão” de estranhos. Imagino que o voto distrital poderia ser uma solução, mas como ele não está funcionando, precisamos conviver com o que está aí. Nas redes sociais vi comentários de que Fred Machado teve mais votos que Tiririca aqui, mas o primeiro não se elegeu e o segundo sim. Isso não é jogo sujo. Perguntaria aos leitores, o que Carla Zambelli, Eduardo Bolsonaro e Guilherme Boulos fizeram por Jundiaí? Por que estão entre os mais votados aqui?

Fiz comentário em um reclamante nas redes sociais que Tiririca tinha padrinho – e olha que este candidato não tem um bom histórico político: se elegeu várias vezes, criticando a classe política, renunciou ao cargo e voltou agora, puxando para si música de Roberto Carlos e sendo processado por este… E foi eleito. E olha que política não é palhaçada, é assunto sério… Respondi ao reclamante que Tiririca tinha padrinho (Bolsonaro). Nem precisei comentar do outro, porque o padrinho dele, além do irmão, era o candidato a governador do falecido PSDB. E este fez questão de fazer campanha, dizendo que não era de esquerda nem de direita, tentando dizer que era sozinho. Ficou…

Não vou parafrasear frase de texto bíblico, para não criar polêmica religiosa. Mas se Jesus dizia que “são muitos os convidados e poucos os escolhidos”, na política de Jundiaí, a frase é parecida: “são muitos os candidatos, mas nenhum é escolhido!” Não adianta ser candidato a deputado, porque teve boa votação como vereador. É preciso mostrar trabalho. Obra em bairro não elege deputado, já disse aqui. Nem parente de político…

Se voto distrital é solução, mas não o temos aqui, é preciso jogar “dentro das quatro linhas”, como diz candidato que vai ao segundo turno da presidência. E o jogo, para quem quer se eleger deputado sem ter benefícios do fundo eleitoral, é trabalhar, trabalhar e trabalhar. Não fazer isso há cada dois ou quatro anos. Ou a classe política de Jundiaí avalia a situação e os partidos se unem para trabalhar num número menor de candidatos ou daqui a quatro anos vamos continuar lamento a não eleição de deputados novamente…

Confira como foi a votação na cidade

Nelson Manzatto é jornalista / Foto: Divulgação
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