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Jundiaqui

 Por que tantos candidatos a prefeito?
18 de setembro de 2020

Por que tantos candidatos a prefeito?

Por José Arnaldo de Oliveira

O município de Jundiaí, como tantos outros, bate um recorde no número de candidatos e candidatas a prefeito em 2020 – são 13 à espera do registro do TSE. Os motivos são políticos e econômicos.

Entre os motivos políticos está o fim da coligação nas chapas para vereadores. Para alguns partidos pode ser estratégico lançar um candidato a prefeito para divulgar na mídia e em redes sociais o número partidário ou o discurso da agremiação.

O motivo econômico está ligado a esse. O fim da contribuição de empresas fez o fundo eleitoral e partidário inchar no orçamento público – mas sua distribuição é proporcional ao número de deputados federais, beneficiando partidos que já saíram numerosos nessa instância em 2018 como PSL ou PT. Isso pode ter influenciado, por exemplo, a ampla coligação local em torno do PSDB.

O sistema de cálculo é criticado, ao prejudicar partidos menores por analistas.

Um motivo extra para o lançamento de candidaturas é a baixíssima reeleição de prefeitos em 2016 – em torno de 28% dos postulantes apenas. Ninguém sabe se a tendência pode se repetir.

Ademais, a campanha que começa oficialmente no dia 27 de setembro ocorre em meio a uma pandemia que abalou a cidade e o país e deve usar mais as redes sociais. Muda a forma de se comunicar, mas não a necessidade da mensagem.

Pelo lado do eleitorado, vale notar que a última eleição foi presidencial e, no país, ficou dividido em três partes com 40% para o governo eleito, 30% para a oposição e 30% para os brancos, nulos e abstenções. Atrair os desacreditados pode ser crucial.

Tudo isso entra no caldeirão que define o futuro da cidade, ao lado de centenas de candidatos a vereadores. Para entrar, estimou o professor Paulo Tafarelo em entrevista na Cidade AM, um partido deve somar em torno de 10 mil votos no mínimo – e o vereador eleito no grupo algo como 2 mil votos sozinho. Muita gente boa pode não passar nesse coeficiente.

Nem direita e nem esquerda formam blocos inteiros. Os candidatos a prefeito ou prefeita são do PSDB, do PT, do Podemos, do PCdoB, do PDT, do Pros, do PSOL, do PRTB, do DC, do Novo, do PSB e do PSL.

Em eleições passadas, havia até articulações entre candidatos para um deles atacar o adversário de outro. A ver.

Olhe o histórico do candidato, do partido, das propostas. É de um dos principais municípios do Brasil que você vai estar definindo os responsáveis pela sua comunidade, seu ambiente e seus serviços públicos.

José Arnaldo de Oliveira é jornalista

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