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Jundiaqui

 Árbitra e bandeirinha que dividem apartamento em Jundiaí vão ao Mundial do Catar
4 de janeiro de 2021

Árbitra e bandeirinha que dividem apartamento em Jundiaí vão ao Mundial do Catar

Elas vão fazer história no futebol: Edina Alves é paranaense e Neuza Back catarinense, mas escolheram nossa cidade para morar

A árbitra Edina Alves Batista e a auxiliar Neuza Ines Back podem se tornar as primeiras mulheres a comandar um jogo de futebol masculino profissional em uma competição da FIFA. Isso porque elas foram escaladas para o Mundial de Clubes 2020, que será realizado no próximo mês de fevereiro, no Catar. As duas foram indicadas pela entidade máxima do futebol mundial para formar um dos trios da competição, que será completo pela assistente argentina Mariana de Almeida.

Edina e Neuza, segundo aponta a CBF, são do quadro de arbitragem da Federação Paulista de Futebol e moram juntas em um apartamento aqui em Jundiaí.

Esta será a primeira vez que Edina Alves participará de um jogo internacional de futebol masculino. Tanto ela quanto Neuza Back fazem parte do quadro de arbitragem brasileira na FIFA para 2021.

O trio de arbitragem feminina para o Mundial de Clubes é mais um passo da FIFA para abrir caminho para as mulheres nos grandes palcos do futebol internacional. Antes dessa escalação, a entidade indiciou árbitras para comandar jogos nas Copas do Mundo Sub-17 de 2017 e de 2019. Essa será a primeira vez que uma partida oficial de futebol masculino profissional será comandada por uma árbitra em uma competição da FIFA.

Edina integra o quadro da Fifa desde 2016 e é presença constante nas partidas do Campeonato Brasileiro masculino. Ela também teve grande destaque quando apitou a semifinal da última Copa do Mundo feminina na França, entre Inglaterra e Estados Unidos.

Ainda em 2019, após se tornar a segunda árbitra a apitar uma partida da Série A do Brasileirão, repetindo, após 14 anos, o feito de Silvia Regina de Oliveira, Edina chegou a dizer que seu grande sonho era “apitar um jogo masculino internacional”, algo que está prestes a se tornar realidade.

Apesar do sucesso na profissão e do reconhecimento conquistado no exterior, a árbitra de 40 anos teve que superar diversas barreiras até chegar ao auge. Fazendo faculdade de Educação Física à noite e o curso para árbitros à tarde, no Paraná, Edina trabalhava enchendo sacos de terra em um viveiro para garantir seu sustento.

Em 2019, Edina conseguiu ser transferida e integrar o quadro da Federação Paulista de Futebol. E foi aí que sua carreira começou a decolar. Ainda no mesmo ano, apitou a semifinal da Copa do Mundo Feminina, entre Inglaterra e Estados Unidos, quando foi eleita a quarta melhor árbitra do mundo pela IFFHS, a Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (International Federation of Football History and Statistics, em inglês).

Em 2020, a paranaense também foi escalada para arbitrar a decisão do Troféu do Interior, entre Red Bull Bragantino e Guarani.

A carreira de Neuza Back ganhou um capítulo de sucesso no final de 2020, quando ela se tornou a primeira mulher brasileira a trabalhar como árbitra auxiliar em uma partida masculina internacional fora do país. Neuza atuou no jogo entre Peñarol (URU) e Vélez Sarsfield (ARG), pela Copa Sul-Americana, no estádio Campeón del Siglo, em Montevidéu.

Natural do Santa Catarina, a assistente deixou seu estado e rumou para São Paulo, disposta a apostar em novos ares. Passou a representar a Federação Paulista de Futebol e, mesmo longe da família, conseguiu conquistar seu espaço. Não à toa ela é, segundo dados da Comissão de Arbitragem, a mulher com mais jogos na principal divisão de uma competição nacional no mundo, perto de completar cem partidas na Série A.

Em 2016, ela foi escalada para os Jogos Olímpicos do Rio. Mas sua grande oportunidade veio mesmo em 2019, quando foi indicada para fazer parte do trio brasileiro que foi para a Copa do Mundo Feminina, na França.

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