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Jundiaqui

 Jundiaiense Rodrigo Koxa é dono da maior onda do surf mundial
29 de abril de 2018

Jundiaiense Rodrigo Koxa é dono da maior onda do surf mundial

Surfista teve confirmado neste domingo que feito de 2017 é o novo recorde, com 24,38 metros de altura

Nascido em Jundiaí e radicado no Guarujá, brilhou em Nazaré e virou rei na Califórnia. Essa é a história do big rider Rodrigo Koxa, quer dizer de Rodrigo Augusto do Espírito Santo, que nasceu aqui em 22 de setembro de 1979, foi morar no litoral quando jovem e aos 38 anos pegou uma onda de 24,38 metros de altura, em 8 de novembro de 2017, em Portugal. Ele teve que esperar mais de cinco meses até ter seu recorde mundial oficializado. Foi neste domingo (29), em Santa Mônica, EUA, que a WSL Big Wave Awards lhe entregou o Oscar do Surf.Koxa superou uma marca que durava desde 2011. Foram várias tentativas do jundiaiense atrás da “grande montanha d’água”. Ele fez uma preparação especial de três meses – física e psicológica – e usou uma prancha diferenciada. Ganhou US$ 25 mil e fama, muita fama. Virou notícia no mundo todo, que agora tem seu novo rei do mar.A parede dropada de 80 pés ou 24,38 metros, em Nazaré, o levará também ao “Guinness Book”. Para comparação, um dado curioso: o jundiaiense mede 1,72, ou seja, a onda tinha mais de 14 vezes sua altura. Até então sua melhor marca pessoal era de 65 pés em Punta Docas, no Chile, no dia 28 de agosto de 2010.Antes, a coroa pertencia a um amigo de Koxa, o americano do Havaí Garret McNamara, que pegou uma onda de 78 pés (23,77 metros), também em Nazaré naquele 2011 que marcou a chegada ali de Koxa.

Em sua página no Facebbok, ele escreveu: “Obrigado a todos pelo suporte, vocês me ajudaram a acreditar que era possível. Novo recorde mundial da maior onda surfada na história do surf. Que honra!”A histórica onda já vinha gerando grande expectativa de recorde desde o ano passado – especialistas chegaram a falar que ela poderia ter chegado até a 100 pés. Foi quando abriu seu coração: “Tento surfar ondas grandes por toda a minha vida e tive uma experiência que me marcou muito em 2014, quando quase morri aqui em Nazaré. Estou muito feliz e este é o melhor dia da minha vida”. E prosseguiu: “Esperei a vida toda por uma onda assim.  Percebi que era uma montanha e minha adrenalina, que já estava muito alta, subiu ainda mais e, rapidamente, percebi que se tratava de muita velocidade e não poderia cair. Tudo foi perfeito”.A corajosa façanha foi assim descrita à época por ele: “A parte animal foi perceber a linha de surf que eu precisava fazer e acreditar que eu poderia mesmo descer a onda reto, buscando aproveitá-la ao máximo, ao invés de sair para o lado, o que geralmente acontece. Também foi assustador, porque a prancha ganhou velocidade e quase caí, mas acreditei na linha de descer reto. Meu sentimento foi de uma flecha dropando a onda toda. Depois foi só comemorar e agradecer”, disse ele que surfou pela primeira vez aos 8 anos e foi para o Guarujá atrás desse sonho aos 15.

A prancha usada contou com um sistema de amortecedor especial e foi projetada pelo próprio McNamara, sendo o bico mais flexível e do pé da frente para a rabeta muito dura, para permitir mais velocidade. Ela pesa 10,5 quilos.E não foi por acaso que ele estava em Nazaré naquele 8 de novembro passado. Com o constante monitoramento pela internet, o surfista conta que sabe onde e quando as grandes ondulações vão acontecer com uma semana de antecedência. “Saber ler bem os mapas é a melhor maneira para dar o tiro certo”. Esse foi na mosca!

Koxa diz que a sociedade ocidental na qual vivemos valoriza e incentiva demais a competição e que, desde criança, somos ensinados na escola a competir com alguém ou contra nós mesmos, mas “gostaria de dizer que me sinto tão vencedor simplesmente por ter sido abençoado por Deus”.

Fotos: reprodução Facebook

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