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Jundiaqui

 Medições extra oficiais irritam jundiaiense dono do “Big Wave Awards”
7 de abril de 2022

Medições extra oficiais irritam jundiaiense dono do “Big Wave Awards”

Rodrigo Koxa detém recorde desde 2017, e entra ano e sai ano incomodado com a boataria

Dono da maior onda já registrada oficialmente no surfe mundial, em Nazaré, Portugal, que lhe valeu um lugar no “Guinness Book”, o jundiaiense Rodrigo Koxa deu entrevista essa semana para o “UOL” reclamando que desde que estabeleceu a marca de 24,38 metros em 2017, sempre vê e ouve bobagens sobre a quebra de seu recorde.

“É sem critério, sem fundamento, sem credibilidade. Todo ano virou uma avalanche de matérias especulando as tais quebras de recorde. A vontade que eu tenho é falar: ‘vocês estão tudo loucos’. Não quero ser um atleta que fica parecendo que está gritando ‘a minha é maior’. Se o cara pegar a onda maior que a minha, eu vou repostar e escrever: agora a onda referência é essa”.

O surfista de 42 anos detém o título do “Big Wave Awards”, o Oscar de ondas grandes, e o registro no livro dos recordes. Desde então, ela virou referência como ‘onda a ser batida’, mas sua marca segue intacta, embora medições não-oficiais apontarem ondas de 30 metros surfadas nos últimos tempos.

Noticiou-se em 2020, na imprensa portuguesa, que uma onda surfada pelo local Tony Laureano teria 30,9 metros. Aqui no Brasil, Lucas Chumbo venceu o Gigantes de Nazaré recentemente com uma bomba estimada em 29,67 metros pelo sistema de medição estabelecido no programa da TV Globo. Koxa questiona: “Estamos vivendo um mundo de fake news. Alguém tem que parar e falar: ‘Peraí, quem mediu? Onde está a base da onda? As ondas estão sendo medidas por vídeo’? São medições de profissionais da área, mas é especulação, assim como a minha foi medida por 32, 38 metros…”.

Koxa avisa que antes de tudo, a onda precisa atender alguns requisitos, como quebrar de maneira sólida; além disso, o surfista precisa descer a onda dentro de sua energia, indo até a base. Esses detalhes podem ser comprovados, claro, através de um registro em vídeo, e são analisados por uma banca de surfistas renomados ligados à Liga Mundial de Surfe (WSL), a entidade responsável pelo surfe mundial. As medições oficiais acontecem a partir daí, através de fotos em alta qualidade, e a onda vencedora é revisada por uma banca de surfistas renomados e uma equipe científica como ponto de referência crítico para a determinação dos recordes.

Para Rodrigo Koxa, a corrida para se obter o novo recorde tem se tornado algo político e cheio de interesses, o que acaba deixando de lado a essência do esporte e do surfe.

Fotos: arquivo

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