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Jundiaqui

 Só faltou gol na festa da estreia do Galinho na Copa São Paulo
3 de janeiro de 2020

Só faltou gol na festa da estreia do Galinho na Copa São Paulo

Uma multidão de torcedores foi ao Jayme Cintra na ensolarada tarde de sexta

Edu Cerioni

“Eu já estava com saudade”. Essa foi a primeira coisa que ouvi um garoto dizer a outro na entrada do Jayme Cintra para a estreia do Paulista Futebol Clube na Copinha 2020. A galera foi em peso, batucou, cantou, empurrou o time debaixo de um sol escaldante e… nada.

Faltou gol para coroar a tarde de sexta (3). Menos mal que nem o rival saiu do zero, isso por conta do goleiro João Carlos, que fez duas defesas importantes e em jogadas seguidas no segundo tempo, momento de susto para a galera. Já o Paulista mandou uma bola na trave com Pedro Mineiro no primeiro tempo e teve uma ou outra tentativa para marcar na etapa final, mas nada com a precisão necessário na finalização para assegurar os três pontos.

O empate na estreia contra o Rio Claro não era o que a maioria esperava em um torneio que encanta o jundiaiense por reunir os seguintes ingredientes: entrada de graça, passatempo animado para as férias de verão, muitos meninos e meninas nas arquibancadas para azaração… enfim, uma receita que faz sucesso todo janeiro, mesmo o time só tendo vencido o torneio uma única vez nos mais de cinquenta anos de disputas. Isso foi em 1997, ou seja, em campo nenhum jogador tinha nascido quando o chamado Louzano/Paulista faturou o caneco em cima do ‘gigante’ Corinthians, que coleciona dez Copinhas.

Com o empate, Paulista e Rio Claro somam 1 ponto pelo grupo 14, atrás do Athetico Paranaense, que no segundo jogo da rodada desta sexta fez 2 a 0 em cima do Gama, o lanterna. Dois times se classificam. O Galinho encara o Gama na segunda-feira (6) e o Athletico pega o Rio Claro, ambos no Jayme Cintra, a partir das 14 horas.

A entrada é de graça, mas se for de carro é bom levar um trocado. O valor cobrado próximo ao estádio, como no campinho rapadão, é de R$ 10,00. Mais longe, vai barateando para R$ 5,00 ou “quanto o senhor quiser colaborar com a caixinha”.

O copo de água lá dentro custa R$ 3,00 e tem copo de Coca-Cola ou de cerveja sem álcool por R$ 5,00. Com R$ 6,00 as opções são pastel ou bolo – isso mesmo, com cobertura de chocolate, algo que nunca tinha visto em um campo de futebol. O mais caro do bar é o cachorro quente, R$ 8,00.

Para ter uma camisa tricolor da Copinha o torcedor desembolsa bem mais, R$ 99,90. A barraquinha de venda aceita cartão de débito ou crédito. Mas é bom avisar que não é a mesma camisa do Campeonato Paulista da Série A-3, por conta de outro fornecedor.

Se a juventude era maioria, tanto que no intervalo rolou um funk, teve espaço para veteranos também. Gente como o fiel Bigode, figura tradicional no estádio, ou o incentivador de todas as horas o dentista Luiz Carlos Trefilio, da patrocinadora Uniodonto – que já renovou a pintura para essa temporada e assim se destaca entre anunciantes nos muros do estádio. Vi ainda uma senhora de bengala e até um senhor carregando um equipamento de oxigênio. Só o futebol provoca essas coisas!

A numerada ficou praticamente cheia com o pessoal que conseguiu se esconder do sol, um alívio – teve parada técnica para a água dos jogadores nos dois tempos. Muitos que tiveram que ir para a arquibancada reclamaram que ainda haviam bancos vazios ali quando os seguranças já impediam o acesso – pelo menos isso era feito com cordialidade.

Apesar do sol na cara, a arquibancada é sempre mais animada, com batuqueiros e “técnicos” que não perdem uma chance de palpitar – é dali que saem os maiores “elogios” para as mães de bandeirinhas e juiz. Alguns torcedores dali reclamaram que não há nenhum jogador do próprio clube nesse Galinho 2020, que é formado por jovens da Fut Talento, a mesma da parceria que o clube formou e foi vitoriosa com o acesso para a A-3 em 2019.

Gamor e Raça Tricolor estenderam suas bandeiras e uma outra especial mostrava o rosto do Pivet, o jundiaiense Luis Felipe Alves, engenheiro que segue desaparecido por conta da tragédia de Brumadinho. São apenas 11 corpos ainda não encontrados no meio da lama, o do torcedor fanático do Galo é um deles.Além dos estudantes em férias, tinha gente de folga do trabalho por conta de emendar o Ano-Novo, desempregados e até quem fazia negócios pelo celular, sem contar ao seu ouvinte que estava colado no alambrado e pronto para soltar um grito de gol. Mas esse ficou mesmo guardado para a próxima. Ah!, quatro mulheres vieram de Rio Claro para torcer pelo time visitante.

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Fotos: Edu Cerioni

 

 

 

 

 

 

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