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Jundiaqui

 Beija-flor alimenta-se da planta aberta por gambá na Serra do Japi
3 de março de 2020

Beija-flor alimenta-se da planta aberta por gambá na Serra do Japi

Pesquisadores vão contar essa novidade na sexta-feira, antecipando o aniversário de 37 anos de tombamento da reserva

Um encontro entre pesquisadores, especialistas em fauna e flora e o prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado, agendado para a próxima sexta-feira (6), às 11h no Paço Municipal, marcará os 37 anos de tombamento da Serra do Japi e a apresentação de uma pesquisa cujo palco foi esse nosso maior patrimônio ambiental.

O convidado especial é o biólogo e professor Felipe Amorim, do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp) – câmpus de Botucatu, que fará a palestra “Bons céus, que animal poliniza essa planta?”. Contará histórias sobre as interações entre plantas e polinizadores e como isso afeta as nossas vidas. A pesquisa inédita é de grande importância para o conhecimento científico sobre uma planta pouco estudada e que foi encontrada na Serra do Japi, a Scybalium fungiforme. E mostra que os gambás são fundamentais para a abertura e a polinização desta planta, encontrada em poucas localidades do mundo.

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“Jundiaí tem ainda mais motivos para ter orgulho de sua serra. Ela foi palco da pesquisa do professor Felipe e de seus alunos, tema de matéria publicada na versão on-line da revista ‘Ecology Society of America’, uma das mais conceituadas do planeta”, comemora a superintendente da Fundação Serra do Japi, Vania Plaza Nunes.

O trabalho comandado por Felipe Amorim e os demais pesquisadores da Unesp trouxe a resposta a uma dúvida que durava duas décadas: só os roedores, como os ratos, estavam se alimentando da Scybalium fungiforme e ajudando a polinizar outras plantas? A resposta é negativa, pois os gambás também fazem este trabalho. A desconfiança foi apontada inicialmente pela bióloga Patrícia Morellato, do câmpus de Rio Claro da Unesp.

No dia 8 de março, será lembrado o 37º aniversário de tombamento da Serra do Japi, feito em 1983 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Turístico (CONDEPHAAT). O órgão reconheceu que ela tem um valor excepcional para o Brasil.

A resolução 11 do documento de tombamento evidencia a necessidade de proteção da área de mais de 191 quilômetros quadrados da serra, que inclui os municípios de Jundiaí, Cabreúva, Pirapora do Bom Jesus e Cajamar.

Palestra

Estudantes de Jundiaí, Gabriel Mariano e João Henrique Servilha fazem parte do grupo do professor Felipe Amorim que observou a Scybalium fungiforme e o comportamento dos gambás da Serra do Japi. Os dois alunos estarão na palestra desta sexta-feira.

“Por abrigar uma fauna bastante diversificada, além de várias espécies de aves e de mamíferos, a serra sempre recebe estudantes, mestrandos e doutorandos, em busca de conhecimento. A prefeitura trata a preservação da Serra do Japi, nosso grande patrimônio ecológico, com absoluta prioridade”, afirma o prefeito Luiz Fernando Machado.

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