Sem citar Jundiaí, governador disse que “não é prudente, não é conveniente que nenhuma cidade rompa quarentena”

O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quarta-feira (22) a reabertura gradual da economia no estado a partir do dia 11 de maio, embora somente dia 8 vá apresentar a lista de novos estabelecimentos que poderão voltar.

Batizado de “Plano São Paulo”, cada município será classificado conforme a evolução da epidemia e terá três níveis de risco: zona vermelha, zona amarela e zona verde, de acordo com a gravidade. Lembramos que hoje temos todas as regiões estão entre a vermelha e a amarela. Para estar na zona verde, é preciso apresentar baixo número de casos, baixa ocupação de leitos de UTI e testes disponíveis para sintomáticos e suspeitos.

Segundo Patrícia Ellen, secretária do Desenvolvimento Econômico, serão monitorados os leitos disponíveis nos hospitais por cada região, diariamente, para saber como as medidas restritivas serão afrouxadas. O monitoramento de leitos diários já é feito na cidade de São Paulo. David Uip, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus, disse que vai se basear no crescimento das curvas epidemiológicas para sugerir ao governo as áreas que podem ser reabertas.

De acordo com o vice-governador Rodrigo Garcia, a economia do estado não ficou paralisada durante a quarentena e manteve 74% do seu funcionamento. A quarentena teve início no dia 24 de março nos 645 municípios do estado. Algumas cidades, como Jundiaí, já publicaram decretos municipais para a flexibilização da quarentena e o governador condenou a medida.

“Não é prudente, não é conveniente que nenhuma cidade do interior do estado de São Paulo rompa a quarentena antes do dia 10 de maio”, afirmou Doria.

A quarentena obriga o fechamento do comércio e mantém apenas os serviços essenciais, como nas áreas de Saúde e Segurança. A taxa de isolamento social em São Paulo foi de 57% nesta terça-feira (21), sendo que em Jundiaí ficou em 55%, contra 48% na segunda de flexibilização do comércio.