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 Jundiaí fecha centros esportivos e culturais e vai parar creches e escolas dia 23
16 de março de 2020

Jundiaí fecha centros esportivos e culturais e vai parar creches e escolas dia 23

Também biblioteca e outros espaços públicos não vão funcionar nestes tempos de coronavírus

Edu Cerioni

Creches e escolas municipais de Jundiaí vão fechar de dia 23 de março em diante, sem prazo de retomada. E já a partir desta terça-feira, 17, a ordem é para que somente crianças que as famílias não têm realmente condições de cuidar em casa continuem a usar a educação pública até sexta (20) – recomendação já dada para as escolas estaduais anteriormente.

A terça marca ainda o fechamento por tempo indeterminado dos centros esportivos, do Bolão, da Biblioteca Municipal, da Pinacoteca e do Solar do Barão, além do Museu da Cia Paulista, do CEU das Artes e do Criju, entre outros. A suspensão de aulas e outras atividades é para que se reduzam as aglomerações e, consequentemente, a circulação do novo cornavírus por Jundiaí.

Embora sem nenhum caso da doença confirmado – são 34 suspeitas à espera de exames pelo Instituto Adolfo Lutz -, a proposta da administração pública é diminuir os riscos para a população de contagio desse vírus que é mortal fora do Brasil. A preocupação maior é que Jundiaí fica entre dois grandes centros, Campinas e São Paulo, onde o contágio já se deu de forma comunitária – quando não se consegue detectar a origem da transmissão.

Na coletiva de imprensa desta segunda (16), o prefeito Luiz Fernando Machado e o gestor de Saúde, Tiago Texera, citaram que os erros cometidos pela Itália abriram os olhos para a necessidade de se tomar medidas radicais e urgentes de preservação da vida aqui.

As creches e escolas municipais ficam abertas até sexta (20), mas o alerta é de que quanto menos aluno ali, melhor. Depois não vão funcionar da segunda 23 para a frente. Luiz garantiu que não haverá prejuízo de conteúdo ou de faltas. Vão parar também o Centro de Línguas, o EJA, assim como cursos da Escola de Gestão e os profissionalizantes do Funss. O prefeito avisa: “Não é férias, o que precisamos é menos gente aglomerada”.

Também não serão realizadas atividades culturais com promoção da administração pública, como a Sexta no Centro. O prejuízo só não é maior porque o Teatro Polytheama segue sem programação em 2020, como disse o prefeito. Vale lembrar que a Sala Glória Rocha não tem avanço nas obras que a tiraram de cena já em 2013.

Até o Procon vai parar com o atendimento, exceção aos casos que envolvam a área de Saúde, que vai cortar férias ou folgas durante as próximas semanas e até que a normalidade volta a reinar.

Já funcionários municipais com mais de 60 anos, gestantes e os que têm doenças imunosupressoras e os que estiveram em viagens internacionais ou cruzeiros, mesmo nacionais, nos últimos sete dias, serão designados para regime de teletrabalho.

Texera terá reunião nesta terça com entidades assistenciais, como Bem-Te-VI, Apae e Instituto Braille, para definir como será e se será mantido o atendimento dos assistidos. “Não queremos impor prejuízos, mas o momento pede cautela”.

Luiz Fernando respondeu que a cidade tem a mesma suspeita do Ministério da Saúde, a chamada 80-15-5, ou seja, cerca de 80% da população pode contrair o coronavírus, 15% podem ter algum sintoma e até 5% eventualmente necessitarão de atendimento médico, inclusive de UTI. “Estamos pedindo que o Hospital Regional seja usado como retaguarda e, em necessidade de mais leitos, vamos suspender as cirurgias eletivas”.

O prefeito descartou intervir em comércios de rua ou de shoppings para que evitem aglomerações, mas alertou que isso é fundamental nessa guerra ao vírus que veio da China. Texera completou que estudo na Itália comprova que quem reduziu a circulação também conseguiu diminuir os efeitos da Covid-19.

Diariamente, o cenário epidemiológico será avaliado pelo Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus de Jundiaí e novas medidas serão tomadas de acordo com a necessidade, podendo apertar o cinto ou flexibilizar as coisas.

Enquanto o prefeito conversava com a imprensa, colaboradores instalavam dispensers de álcool gel em todos os andares próximo aos elevadores do Paço Municipal.

Leia também: Efeito coronavírus fecha faculdades, Sesc etc

Fotos: Edu Cerioni

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