
Onde estão os ricos do Brasil? Jundiaí está quase empatada com Brasília
Imposto de Renda coloca o município em um patamar de renda média mensal por pessoa de R$ 2.876
José Arnaldo de Oliveira
Que Jundiaí é uma cidade rica não se discute. Mas um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (CPS-FGV) mostra que o padrão é ainda mais elevado do que muitos podem imaginar.
Coordenado por Marcelo Neri, o estudo da renda mensal média declarada no Imposto de Renda pela população total coloca o município no patamar de R$ 2.876,43 por pessoa, quase empatado com Brasília – mantida em boa parte por salários públicos altíssimos e que elevam o patamar na média.
Em Jundiaí, focada no setor privado, 32% declaram renda média mensal de R$ 8.960,62 com patrimônio, também médio, de R$ 304.340,00.
Na região AUJ, a divisão pela população coloca em seguida Itupeva, com R$ 1.478,68; Louveira, com R$ 1.335,08; Jarinu, com R$ 987,94; Campo Limpo Paulista, com R$ 940,53; Cabreúva, com R$ 821,55; e Várzea Paulista, com R$ 771,94.
No entanto, a ordem na região é outra na proporção de declarantes. Cabreúva tem tem apenas 15,3% de declarantes e renda média nesse grupo de R$ 5.369,02 com patrimônio médio de R$ 148.705. Em seguida Várzea Paulista com 16,29% de declarantes e renda média nesse grupo de R$ 4.739,19 com patrimônio médio de R$ 81.833.
O mesmo estudo mostra guetos mais ricos no país em pequenos municípios como a mineira Nova Lima, a paulista Santana do Parnaíba e a goiana Aporé ou em cidades praianas como Santos ou Florianópolis.
Esse cenário, vale lembrar, é um retrato anterior ao ciclo da pandemia.