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Jundiaqui

 Rita Cerioni inova e faz sucesso com diálogo entre psicologia e música
27 de agosto de 2019

Rita Cerioni inova e faz sucesso com diálogo entre psicologia e música

“Psiquê em Música” ajuda a traduzir as dores da alma; procura abre nova apresentação em setembro

Edu Cerioni

Canções como “Onde Deus possa me Ouvir”, de Vander Lee, e “Construção”, na qual Chico Buarque vê olhos embotados de cimento e lágrimas, se amarraram e formaram uma espécie de fio-condutor da estreia de “Psiquê em Música”, projeto pensado pela psicóloga Rita Nicioli Cerioni para traduzir as dores da alma tão presentes na nossa vida e tão bem exemplificadas na música popular brasileira. O projeto tem o apoio do JundiAqui.

A mestre e doutora em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo (USP) atraiu um público diversificado que lotou o Koh Samui Café & Thai Cuisine na tarde do sábado (24), no diálogo musical chamado de “A Depressão em Versos e Notas”. Reuniu na plateia muitos psicólogos como ela, diversos estudantes dessa ciência e outros interessados em refletir sobre a depressão.

Em duas horas de conversa entremeada pelo som do violão e das vozes de Tom Nando e Mil Taroba, que emocionaram o público em diversos momentos, a psicóloga que também é professora da Unip Jundiaí fez com que todos entendessem mais sobre uma doença que dá sinais claros, mas poucos conseguem ver. Normalmente começa com alteração no sono e na alimentação, que pode ser tanto para menos quanto em excesso, e vai tendo muitos desdobramentos, podendo se agravar ao ponto de a pessoa ter ideia de se machucar ou mesmo tirar a vida.

Rita falou sobre tipos de prevenção, tudo de forma bastante ilustrativa e lúdica. Isso permitiu que todos entendessem não se tratar de tristeza e sim total apatia a depressão, quando a pessoa se isola por falta de esperança, tipo “já não sinto amor, nem dor, já não sinto nada…”, como nos conta “Socorro”, de Arnaldo Antunes.

Usou estudos de Freud e Winnicott, psicanalista inglês, em momentos que falou sobre luto e melancolia e até deu uma dica importante: “Às vezes, a companhia silenciosa é o melhor a se oferecer ao deprimido. Porque precisa de alguém que cuide dele e não fique dizendo o tempo todo o que tem que fazer”.  Também ajudou muitos no que se refere a tratamentos, evolução e até enganos da depressão.

Como os ingressos esgotaram rapidamente e houve grande procura, Rita fará nova sessão de “A Depressão em Versos e Notas”, agendada para 14 de setembro.

Depois, o ciclo prossegue em outubro. Será no dia 19, a partir das 14 horas, com o tema “A dor de Amor em Versos e Notas”. Para 30 de novembro, o “Psiquê em Música” terá como convidada especial Margareth Marta Arilha Silva, pesquisadora da Unicamp, que vai falar sobre diversidade sexual.

Fotos: Edu Cerioni

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