LOADING...

Jundiaqui

 São Vicente faz uso da polêmica cloroquina em pacientes com crise respiratória
10 de abril de 2020

São Vicente faz uso da polêmica cloroquina em pacientes com crise respiratória

Remédio ganhou popularidade, embora sem que resultados sejam comprovados cientificamente

O infectologista Marco Aurélio Cunha de Freitas confirmou que o Hospital São Vicente de Paulo vem usando desde o dia 3 de abril a cloroquina no tratamento de pacientes com coronavírus, sendo que a partir de agora passou a ser dado para todos os que apresentam quadro de crise respiratória aguda com suspeita da Covid-19.

Sem revelar quantos estão usando o polêmico medicamento, Cunha disse ao site “Tribuna de Jundiaí” que não se faz ali estudo para comprovação científica de resultados para o medicamento.

OPINIÕES DIVIDIDAS

De acordo com a revista “Veja”  que circula nesta sexta-feira (10), a cloroquina e a hidroxicloroquina ganharam a atenção porque o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considerou as drogas “os agentes de mudança de jogo”, o que fez Jair Bolsonaro seguir a recomendação e dar início a um embate com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que defende esperar a publicação de estudos clínicos confiáveis antes de liberar o uso dos remédios.

Como já era de se esperar, toda essa discussão gerou ainda mais dúvidas na população. A “Veja”, então, compilou as principais questões e explica cada uma delas:

A cloroquina cura o coronavírus? Ainda não se sabe. Especialistas acreditam que, mesmo que estudos clínicos mostrem que a cloroquina ou a hidroxicloroquina tem eficácia no tratamento da Covid-19, dificilmente ela será a cura ou o único tratamento existente, devido aos riscos associados.

A cloroquina surte efeito contra o coronavírus? Estudos in vitro, ou seja, realizados em células humanas em laboratório, indicam que sim. “Os estudos em laboratório indicam que o medicamento age em dois caminhos avaliados para combater o vírus: tem um efeito antiviral e anti-inflamatório. Além de inibir a replicação do vírus e sua entrada na célula, a cloroquina parece ter uma ação anti-inflamatória. Isso é importante porque, para se defender do vírus, o organismo reage com inflamação. Mas se essa resposta é muito intensa, a manifestação clínica é muito grave. Ao agir nesses dois caminhos, a cloroquina poderia reduzir a gravidade da doença. Do ponto de vista experimental, faz sentido. Mas tem muito remédio que funciona no laboratório, mas não no paciente. Por isso é preciso esperar o resultado de estudos clínicos rigorosos.”, explica a cardiologista e intensivista Ludhmila Hajjar, coordenadora de ciência, tecnologia e inovação da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

A cloroquina é considerada o tratamento mais promissor contra o novo coronavírus? Não. O remdesivir, um medicamento desenvolvido para o tratamento de ebola – e que falhou contra a doença – é considerado o tratamento mais promissor por especialistas. A cloroquina era uma hipótese secundária de tratamento que nem estava incluída no estudo Solidariedade, da OMS. Só após toda a repercussão do medicamento, a entidade decidiu inclui-lo nos estudos globais. Sem esquecer que esses não são os únicos tratamentos sendo estudados, há o favipiravir, o lopinavir + ritonavir, a transfusão de plasma de pacientes curados, corticoides, interferon, entre outros.

Qual é a diferença entre a cloroquina e a hidroxicloroquina? A cloroquina sintética foi desenvolvida em 1934 para o tratamento da malária. A hidroxicloroquina é um medicamento derivado da cloroquina, o que significa que os dois têm estruturas semelhantes, mas é menos tóxico.

Leia a reportagem da “Veja” na íntegra

AQUI, O QUADRO DA COVID-19 NESTA SEXTA EM JUNDIAÍ:

Prev Post

Aglomeração é risco que agora…

Next Post

“Pão & Poesia” volta com…

post-bars

Leave a Comment