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Jundiaqui

21 de março de 2022

Vacina contra covid: morte de jovem gera investigação em Jundiaí

Padrasto publicou nas redes sociais informações que não estão confirmadas sobre óbito de 10 de março

O Projeto Comprova, que reúne diferentes veículos de comunicação na tentativa de conter as fake news, vem divulgando que “não é possível relacionar morte em Jundiaí à vacina”. A informação recebida de três diferentes agentes públicos, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Secretaria de Saúde de São Paulo e Prefeitura de Jundiaí, indica haver um óbito no Hospital São Vicente de Paulo em 10 de março que está sob investigação. O padrasto do jovem usou as redes sociais e consguiu repercussão junto aos negacionistas da vacinação para atribuir a morte à imunização contra a Covid-19, o que não tem confirmação científica.

O Comprova indica que “a publicação sobre a morte de Guilherme Rian Barbosa Gomes, 20 anos, engana ao afirmar que o jovem faleceu em decorrência da vacina contra o coronavírus. As agências de saúde esclareceram que o caso ainda está sob investigação. A suspeita foi levantada pelo padrasto de Guilherme, Moises Aparecido Rodrigues, que, desde dezembro de 2021, compartilha na rede social o quadro de saúde do enteado. O homem compartilhou vídeos em que diz que o enteado teve uma crise epiléptica após a aplicação da primeira dose da Pfizer. O mesmo teria acontecido depois da segunda”. Procurado pelo Comprova, o homem afirmou que não comentaria sobre o caso, a pedido da mãe de Guilherme.

A Anvisa analisa o ocorrido e afirmou que outros eventos adversos foram relatados neste óbito, e que ainda não concluiu a investigação. Procurada, a Pfizer disse desconhecer o caso em questão.

O projeto segue informando: “Fazendo uma busca pelo perfil do padrasto no Instagram, descobrimos que, após receber a primeira dose da Pfizer em 26 de agosto de 2021, Guilherme sofreu alguns episódios de convulsão, foi internado, mas se recuperou. Em 30 de novembro do ano passado, cinco dias após receber a segunda dose, o rapaz teve crises de epilepsia e foi internado na UTI do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo, no dia 2 de dezembro. Lá, Guilherme faleceu em 10 de março de 2022. O Comprova não teve acesso ao atestado de óbito do rapaz”.

Questionado sobre o atendimento e óbito de Guilherme, o Hospital São Vicente de Paulo informou que, em razão da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), não é possível fornecer dados de pacientes ou detalhes de tratamentos ministrados. Porém, segundo o hospital, não há evidências médicas, no âmbito dos tratamentos ministrados ali, de morte causada por efeitos adversos da vacina contra a covid-19.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, “é precipitado e irresponsável afirmar que o caso está associado à vacinação. Na maioria das vezes, os casos de eventos adversos pós-vacinação são coincidentes, sem qualquer relação causal com o imunizante”.

Checagens sobre o tema mostraram, anteriormente, ser enganoso um post que relacionava a morte de uma criança com Coronavac – não há registro de mortes de crianças causadas por vacinas contra a covid-19 no Brasil -, e que não há comprovação que a morte de um adolescente em Arujá (SP) tem relação com a vacina.

O Projeto Comprova reúne, entre outros, CNN Brasil e SBT News.

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