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Jundiaqui

 A tragédia de Leonardo Cavalcanti e o desmaio da eterna amada
2 de novembro de 2020

A tragédia de Leonardo Cavalcanti e o desmaio da eterna amada

Por Vivaldo José Breternitz, do blog Jundiahy Antiga

Leonardo de Albuquerque Cavalcanti era o segundo filho do médico Francisco de Albuquerque Cavalcanti, o Dr. Cavalcanti que foi prefeito de nossa cidade e de Alice Ulhoa Cintra.

Nascido em São Paulo em 1º de julho de 1892, estudou no Colégio São Luis e depois graduou-se em engenharia pelo então Mackenzie College, hoje Universidade Presbiteriana Mackenzie, ambos em São Paulo.

A seguir mudou-se para os Estados Unidos, para fazer um curso de pós-graduação de três anos na Escola de Engenharia Elétrica da Universidade de Princeton, onde em 1916 ganhou a medalha Charles Ira Young, concedida a pesquisadores. Neste mesmo ano tornou-se um associado ao IEEE, o Institute of Electrical and Electronics Engineers, uma das mais importantes associações profissionais de todo o mundo.

Nos Estados Unidos trabalhou para a Western Electric e para a Westinghouse; ao retornar ao Brasil, trabalhou na Cia. Campineira de Luz e Força e, em 1920, convidado pelo engenheiro Francisco Paes Leme de Monlevade, então superintendente da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, foi trabalhar na ferrovia, que iniciava a eletrificação de mais um trecho.

Faleceu aos 32 anos, na noite de 29 de abril de 1925, ao tocar inadvertidamente em um cabo de alta tensão enquanto trabalhava no pátio de manobras da empresa em Campinas – sua morte foi instantânea (veja documento abaixo sobre o ocorrido).

Quem entra no Cemitério Nossa Senhora do Desterro pela alameda central, vê logo à sua direita um jazigo com uma escultura de uma jovem debruçada sobre um caixão – é a sepultura de Leonardo. Conta-se que durante o enterro, Yole Motta, que seria sua namorada, teria se lançado sobre o caixão e prometido amor eterno – Yole veio a falecer 45 anos depois, solteira, conforme sua promessa.

Aqui acima, o obituário publicado pelo Journal do IEEE.

Nota da Redação: o jazigo de Leonardo Cavalcanti, que dá nome a rua no Centro de Jundiaí, fica na quadra 2 do cemitério. Trata-se de uma sepultura em granito bruto com acabamento polido, onde há forte influência do estilo Art Nouveau, que estava em evidência nas décadas de 20 e 30, e se caracterizava pela transição dos elementos decorativos com acabamentos detalhados do estilo clássico, para as formas retas e angulares. Junto com os elementos de pedra há uma escultura, em bronze, no estilo clássico acadêmico, representando uma forte simbologia em que o artista imortalizou o momento de despedida da jovem apaixonada quando do fechamento de seu caixão.

 

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