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Jundiaqui

 Exclusivo – 40 anos depois, família recupera camisa de Dalmo Gaspar emprestada ao museu
17 de abril de 2021

Exclusivo – 40 anos depois, família recupera camisa de Dalmo Gaspar emprestada ao museu

Ela foi exposta no Solar do Barão nos anos 80 e desde então estava sumida, assim como um par de chuteiras

Edu Cerioni

A família de Dalmo Gaspar, um dos maiores jogadores jundiaienses em todos os tempos, bicampeão Mundial, conseguiu recuperar o que para eles é uma peça sagrada da história desse lateral-esquerdo que brilhou ao lado de Pelé: a camisa número 3 do Santos Futebol Clube que o jogador usou nos anos sessenta e que autografou. Junto voltou para a casa da filha Ana Paula um par de chuteiras dos tempos em que Dalmo defendeu o Guarani de Campinas.

“Estou muito feliz com a camisa resgatada, que vai se tornar um quadro e também a chuteira, para a qual vamos fazer uma caixa de vidro”, contou Ana neste sábado (17). “Foi a realização de um sonho de quase 40 anos”, explicou.

A camisa que se imaginada ser a do título do bicampeonato Mundial pelo Santos, em 1963, quando Dalmo fez o gol de pênalti em cima do italiano Milan, foi emprestada ao Museu Histórico e Cultural de Jundiaí, onde foi exposta nos anos 80, logo nos primeiros anos de ocupação do casarão que foi do Barão de Jundiaí, no Centro – a mudança para lá ocorreu em 1982. Depois disso ela desapareceu, algo que entristeceu Dalmo até o fim de vida, em 2015.

“Meu pai emprestou ao Geraldo Tomanik, então diretor, mas ela nunca voltou. A gente sempre teve esperança e cobrou respostas. Agora, o Paulo Vicentini trouxe esse verdadeiro presente para nós”. Segundo Ana, o atual diretor encontrou a camisa e as chuteiras junto a antigas fantasias de Carnaval que estavam amontoadas em um quarto.

Agora, Ana e o irmão Fábio se lançam ao desafio de descobrir em que jogo ela foi usada pelo pai. “O pessoal do Museu do Santos já foi procurado e descartou que fosse no jogo final no Maracanã, como acreditávamos. Pena, mas tudo bem que não seja, é certo de que foi em alguma partida importante para o clube, eles adiantaram”, falou.

Não se sabe o destino da camisa usada pelo pai naquela noite de 16 de novembro de 1963, quando fez o gol da vitória santista diante do Milan, de pênalti, aplaudido por cem mil torcedores no Rio de Janeiro.

Os filhos guardam muitas fotografias, cartas, souvenirs, bola e outras peças que foram de Dalmo, entre elas as medalhas conquistadas pelo santista. Dalmo, incluvie, dividiu as medalhas entre os três netos, os gêmeos João Pedro e Thiago e também Matheus.

QUEM FOI – Lateral-esquerdo do Santos de 1957 a 1964, Dalmo Gaspar nasceu em Jundiaí no dia 19 de outubro de 1932 e morreu aqui no dia 2 de fevereiro de 2015. Defendeu o Paulista no começo da carreia e o Guarani no final, mas foi junto com Pelé que brilhou mundo afora.

Ganhou cinco campeonatos paulistas (1958/60/61/62/64), duas Taças Brasil (1961 e 1964), duas Libertadores da América (1962 e 1963), dois campeonatos mundiais interclubes (1962 e 1963), o Rio-São Paulo de 1959, e torneios internacionais, como o de Paris (1960 e 1961), o de Valência (1959), Cidade do México (1959), Itália (1961) e San José (1961).

E OS RELÓGIOS? – Outra família jundiaiense ainda espera por respostas da direção do Museu Solar do Barão sobre o paradeiro dos relógios de bolso doados e que pertenceram ao Coronel Siqueira de Moraes e que se acredita foram furtados nos anos dois mil – inclusive com investigação policial.

 

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