Flávio Ceolin
Guaraci Alvarenga escreve sobre a morte, dia 28, do ex-vereador e vice-prefeito, que presidiu a Associação Agrícola
Morreu Flavio Ceolin. Era uma figura admirável. A cidade perdeu um dos seus mais destacados homens públicos.
Gostemos ou não do Flavio, todos reconhecemos nele um homem de sucesso. E de todos os homens de sucesso, no cenário de falta de sinceridade da maioria dos políticos, ele conseguiu se impor aos aliados e adversários como homem transparente e cordial.
Foi vereador, ex-prefeito, homem forte no campo e presidente da Associação Agrícola de Jundiaí.
É lembrado pelos seus ex-parceiros como o maior entusiasta na organização da Festa da Uva. Ninguém jamais pode esquecer.
Na administração pública, o difícil é o dia seguinte. As glórias do mandato são realmente passageiras. Você deixa o cargo e as portas não mais se abrem, as reverências ficam de lado, o telefone não toca e “os bons amigos” de repente desaparecem. Tenho certeza, no termo de sua estrada, com sua partida, que o querido Flavio está sendo reconhecido pela maioria dos jundiaienses como um homem de bem.
Flavio não se tornou apenas herdeiro de sangue do seu pai, um grande agricultor. Herdou também o peso de sua integridade e de carinhosa filantropia.
Sua morte aconteceu, mas o comportamento do homem Flavio é um dos melhores exemplos de como deve se portar os atingidos pela doença. Seu permanente bom humor merece destaque – continuou na ativa, não sentou no meio fio para reclamar da vida.
Procurou sempre atender aos mais humildes, a população mais carente, que mais necessitava de sua assistência. Marca de quem cultiva a generosidade como quem reconhece o seu valor intrínseco, com requintes de sensibilidade. Foi um homem em pleno exercício de sua condição humana.
Com sua partida, fica-nos a lembrança do pai exemplar, do marido companheiro, do político de sucesso, do advogado consensual e do agricultor amante da terra. Os íntimos perderam um excelente amigo.
Foi fiel ao seu estilo e a sua vontade. Assim quis da vida e tenho certeza que não se arrependeu.
Partiu e com ela parte da história desta cidade por onde registrou seu nome com excelência. Nós vamos sentir sua falta.
À sua bela família e a todos os seus familiares, gostaria de dirigir os nossos sentimentos e acredito que a maioria da população jundiaiense gostaria de fazer o mesmo.
Guaraci Alvarenga é advogado
Nota da redação: Nascido em 08 de janeiro de 1936, em Jundiaí, foi casado com Sílvia Gáspari Ceolin e tinha três filhas. Morava no bairro dos Fernandes. Advogado, foi Vereador na 4ª. Legislatura (1960-1963), pelo Partido Liberal; vice-prefeito na gestão de Íbis Cruz, no início da década de 70; e ocupou a presidência da Associação Agrícola de Jundiaí. Faleceu em 28 de agosto de 2017.