Por Vivaldo José Breternitz

Carolino Bolivar de Araripe Sucupira nasceu no Ceará e faleceu em nossa cidade a 16 de Fevereiro de 1897, aos 54 anos – seu corpo está sepultado na quadra 30 do Cemitério Nossa Senhora do Desterro, no Centro.

Muito jovem ainda, participou ativamente da Guerra do Paraguai, fazendo parte dos Voluntários da Pátria, criados para lutarem ao lado do Exército e da Marinha. Atingiu o posto de major, tendo atuação destacada em diversas batalhas, como as de Curuzu, Humaitá, Lomas Valentinas e, especialmente, Avaí. Tanto foi assim que passou a ser chamado “Herói do Arroio de Avaí”, tendo inclusive sido criada em São Paulo uma entidade que levava esse nome.

Terminada a guerra, prestou um concurso público, disputando com outras 17 pessoas o “Tabelionato Official” em Jundiaí; aprovado, mudou-se para cá, tendo residido nas imediações da Praça Ruy Barbosa.

Teve atuação destacada em nossa cidade, onde em 1888 foi um dos fundadores da “Sociedade Comemorativa 13 de Maio”, entidade destinada a amparar e promover a integração social dos escravos recém-libertados. Compuseram essa agremiação, entre outros: Eduardo Álvaro de Castro, Bernardino Ferreira de Souza, Francisco de Albuquerque Cavalcanti, Gregório da Cunha Vasconcellos, Francisco de Queiroz Telles, Raphael Rossi, José Florêncio da Silva, Antonio Adriano de Oliveira Lima, Benedicto Philadelpho Castro, João Gomes de Siqueira (foto abaixo).

O Major Sucupira dá nome a uma rua aberta nos anos 1920 para ser o prolongamento da Rua do Rosário, criando mais acessos aos bairros adjacentes. Para isso, foi necessária a demolição da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos em 1922, alinhada ao local onde hoje está o Gabinete de Leitura Ruy Barbosa.