A história foi publicada em jornais, mostra Vivaldo José Breternitz

A Revolução Constitucionalista – hoje relembrada com feriado em São Paulo no 9 de julho – estava em andamento e a “Folha da Manhã” de 17 de setembro de 1932 noticiava que um avião da ditadura de Getúlio Vargas bombardeara nossa cidade na manhã do dia anterior. A “Folha da Noite” três dias depois, em 20 de setembro, também citou o assunto.

A notícia foi dada em tom leve, quase de brincadeira – ainda não se pensava nos terríveis efeitos de um bombardeio aéreo, o que só foi possível conhecer depois que aviões nazistas praticamente destruíram a cidade espanhola de Guernica, isso em 1937, durante a guerra civil que assolou aquele país – morreram cerca de 400 pessoas.

De volta a Jundiaí, o jornal afirma que o avião voava muito alto, como se estivesse tentando reconhecer a área, e que as pessoas saíram às ruas para acompanhar os acontecimentos.

Ao final, segundo o jornal, “o avião atirou algumas bombas e disparou rajadas de metralhadora que ‘molestaram os tomateiros’ e arrancaram uma touceira de bambu de uma chácara da região da Ponte de São João”.

Não sabemos se se trata do mesmo evento, mas pessoa que vivia em nossa cidade à época, diz que, naquela área da cidade, uma criança perdeu a mão ao tocar uma bomba que explodiu e que antes teria falhado ao ser atirada por um avião getulista.

Boeing F-4B4, um dos aviões utilizados pela ditadura Vargas