Guido Pirollo tinha 88 anos e foi enterrado no Cemitério Nossa Senhora do Desterro

Guido Pirollo nasceu em 1931 em Trevignano, perto de Veneza, e logo aos 13 anos entrou para o convento em Piacenza. Gostava de contar essa história de superação. É que, em meio à Segunda Guerra Mundial e sem trens circulando, porque os trilhos tinham sido bombardeados, o garoto cumpriu junto a um familiar um percurso de casa ao seminário de cerca de 250 quilômetros. Agarrou aquela como uma chance de vida. Foi uma escolha dos pais que o levou a espalhar a palavra de Deus mundo afora.

Parte daquele primeiro trajeto foi feita de bicicleta e esta foi uma companheira do padre Guido por longos anos de vida. Desembarcou aqui do navio dois anos após sua ordenação e foi trabalhar em diferentes paróquias de São Paulo. Adorava a liberdade que a bike lhe dava, especialmente quando foi para a Igreja de Santos.

Foi designado para diversas partes do país e em todas deixou sua marca de empreendedor. Liderou a construções de várias igrejas, como em Munhoz de Melo, no Paraná, em Itupiranga, no Pará, e em Quitungo, no Rio de Janeiro.

Em Alta Floresta d’Oeste, em Rondônia, ficou cinco anos e junto com só mais um padre, cuidou de quase cinquenta capelas espalhadas pela região. Desta vez, dirigindo um Jeep Willys com tração 4×4 que ficou conhecido por levar não só a comunhão mas também alimentos, remédios e esperança ao povo.

Religioso da Congregação dos Missionários de São Carlos, padre Guido Pirollo deu adeus a mais de 9,7 mil quilômetros de casa. Segundo nota publicada pela Diocese de Jundiaí, “retornou para a casa do Pai neste domingo (28). Encontrava-se internado no Hospital Paulo Sacramento, onde veio a falecer”. Não foi informada a causa do óbito.

Fonte: “De Mãos Dadas”, informativo da Igreja Nossa Senhora das Graças do Guarujá.