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Jundiaqui

 De 1.703 falecidos, só 28 de Jundiaí estão no Memorial Inumeráveis da Covid
8 de fevereiro de 2022

De 1.703 falecidos, só 28 de Jundiaí estão no Memorial Inumeráveis da Covid

Entre eles é contada a história de José Ricardo de Biazzi, de 53 anos

Vinte e oito moradores de Jundiaí têm suas histórias contadas pelo memorial “Inumeráveis”, uma ideia que surgiu para mostrar que pessoas são muito mais do que números nessa pandemia do novo coronavírus, que já vitimou 1.703 pessoas na cidade entre 3 de abril de 2020 e este 8 de fevereiro de 2022.

São poucas as histórias de nossa gente ali, mas quem visitar o site vai se emocionar. Eis a história de José Ricardo de Biazzi que reproduzimos:

“Para relaxar buscava atividades diversificadas que podiam ser: pintar parede ou até lavar um quintal.

Ricardo não poupava esforços para ajudar a quem precisasse. Elaine, sua esposa, o percebia como “uma pessoa iluminada. Daquelas que Deus coloca em nossos caminhos para nos abençoar”.

Em sua área de atuação profissional, a Contabilidade, ajudou a organizar a vida financeira de muitos de seus clientes, que ao longo dos anos, transformaram-se em amigos. Fazia outras atividades, mas como ele próprio gostava de dizer: ‘É o meu momento de relaxar!’ E desse modo, lá se ia Ricardo consertar alguma coisa quebrada; pintar uma parede; cuidar das plantas; lavar um quintal. Se por acaso não dominasse o assunto, tratava de aprender para em seguida realizar a tarefa com o maior capricho.

Gostava de uma boa conversa, de passear de moto, curtia a tranquilidade de uma chácara e de pescar. No último ano, estava empenhado em aprender curiosidades sobre moedas antigas, dizia que ‘iria dedicar-se a esse passatempo na velhice’.

Católico e devoto de Bom Jesus de Pirapora, fazia questão de estar presente nas missas e participar das Romarias de Pedestres para a cidade de Pirapora do Bom Jesus. Ele participou desse ritual religioso específico por mais de vinte e cinco anos.

Não tinha ilusões no que diz respeito a caprichos, excessos ou luxos em seu dia a dia, sempre falou: ‘não vamos levar nada daqui’.

Foi um pai excelente, dedicou-se a fazer o melhor por seus dois filhos, orientando-os no caminho da virtude; compartilhando com eles princípios importantes: respeito, responsabilidade, seriedade, trabalho e honestidade. Procurou mostrar a seus filhos que ‘a família e os verdadeiros amigos são as nossas preciosidades’.

Foi um grande companheiro de sua esposa e possuía temperamento calmo, sereno. Era também muito sensato, qualidade que ajudou ao casal perseverar, superar dificuldades e vencer tribulações ao longo dos quase 24 anos de casamento.

Não importava qual papel desempenhasse: Marido, pai, filho, irmão, cunhado, genro, tio, padrinho, sobrinho, amigo, colega de trabalho, companheiro de romaria, enfim, ele era “um grande ser humano”, diz Elaine. “Ele teve, e sempre terá o amor e respeito de cada pessoa que esteve com ele em sua caminhada. E por mais que se saiba de antemão que não exista ser humano sem defeitos, o lado bom de Ricardo destacou-se mais, marcando nossos corações para sempre”.

Aqueles que o amaram desejam que “ele esteja em paz, na presença de Deus, cercado de anjos”. Unidos na saudade, eles buscam compreender e suportar a dor do luto.

“Ricardo, agradeço a Deus por você fazer parte de nossas vidas para sempre!”, despede-se a esposa.

José nasceu e faleceu em Jundiaí (SP), aos 53 anos, vítima do novo coronavírus”.

Testemunho enviado pela esposa de José, Elaine Cristina Delgado de Biazzi. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Ricardo Henrique Ferreira, revisado por Bettina Florenzano e moderado por Rayane Urani em 24 de setembro de 2021. Foto: reprodução Facebook.

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One thought on “De 1.703 falecidos, só 28 de Jundiaí estão no Memorial Inumeráveis da Covid

Moacir M.Aiellosays:

Trabalhei com o José Ricardo, durante 32 anos. Pessoa admirável, foi um excelente profissional, amigo, quase um irmão. Não media esforços para ajudar, ensinar o que tinha conhecimento, tinha sempre bons conselhos, era muito responsável, amigo de todos. Tinha um zêlo muito grande por sua família e em tudo o que fazia. Levou uma vida muito correta, foi um ser humano incrível. Deixou um grande exemplo para todos nós!

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