Site que se mostra um memorial dos que morreram na pandemia traz milhares de histórias

Luiz Eduardo Rivellino, 48 anos
Depois de dez anos de união, em 2019, realizou o sonho da esposa de se casarem na igreja.

Ruan Dias Baldinelli, 26 anos
Deixou a lição de que a vida é muito curta para vivermos de remorso.

Josilda Barbosa de Pinho Balestre, 56 anos
Não resistia às orquídeas e suculentas, sempre comprava ou arrumava uma muda.

Letícia Neworal Fava, 28 anos
Menina doce, alegre, de coração gigante e dona da melhor risada do mundo.

Mauro Francisco da Silva, 67 anos
Fazia “um cafezinho e puxava um dedo de prosa”, era seu jeitinho especial de receber as pessoas.

Marco Antonio Piccolo, 57 anos
“Você está bem? Precisa de alguma de ajuda? Eita! Eu estou aqui pra você não esquecer.”

Gilda Helena Vianna Orfanelli, 72 anos
Jeito e coração alegre.

Antônio Orfanelli, 78 anos
“Trabaia não pra vê”, dizia ele.

Jair Amaral, 69 anos
Um homem de muitos amigos que sempre prezou pelo bem-estar de cada um.

Davey Sin Hong Tjio, 64 anos
Um imigrante que valorizava suas raízes. Em seus altos e baixos foi amor, honestidade, força e perseverança.

Antonio Gomes de Moura, 71 anos
Um corintiano fanático que gostava de ler biografias para conhecer a vida de pessoas que fizeram a diferença.

Davi Camargo Silva, 57 anos
Exemplo de simpatia e empatia. Escondia sua doçura atrás da cara de bravo.

Temósteles Luiz Soares de Oliveira, 43 anos
“Sou lá de Catingueira, na Paraíba, conhece?”, dizia ele com o sotaque arrastado.

Teresinha Bernardete Knothe Belolli, 73 anos
Generosa e dona de um coração nobre, Bete foi desenhada por Deus e muito amada pela família.

Gerudes Martins Garcia, 83 anos
Brincalhão e conversador, só se irritava se o Corinthians perdia. Fazia o melhor arroz e sabia ser solidário.

Athos Silva Miranda, 77 anos
Apesar das dificuldades, recebeu o maior salário de um artista: aplausos.

Joseli de Fátima Faria Marques, 57 anos
Uma vida feita de cuidado com o outro.

Esses são os 17 moradores de Jundiaí que têm suas histórias contadas pelo memorial “Inumeráveis”, uma ideia que surgiu para mostrar que pessoas são muito mais do que números.

Em uma cidade que beira mil falecimentos dentro da pandemia (são 964 até este 15 de abril), 17 parece pouco, mas quem visitar o site vai se emocionar, além de reconhecer lugares e situações citadas, ao conhecer essas grandes figuras que foram vitimadas por um vírus que ainda está longe de ser dominado.