Fufukando
Dr. Didi
Iniciamos mais uma semana em ritmo de “fufuka”. Já tem até música com a fufukação, ou melhor seria fornicação nacional?
A competente jornalista Vera Magalhães escreve no “Estadão”, de domingo, uma excelente resenha com o título “As brumas sobre 2018”. “COM A INCERTEZA SOBRE AS REGRAS E CANDIDATURAS A ELEIÇÃO PODE VIRAR UM SALTO NO ESCURO”.
Os partidos não querem mais o “P”. Têm vergonha de ser partido.
Uma parte do QUÊ? O “P” pode ser qualquer coisa. Patifaria. Punguismo. Put…
Lembro a segunda metade anos 60, após 1964, quando surgiram partidos que não eram chamados de partidos. ARENA e MDB. Tinham medo de serem pareados ao “partidão” de Carlos Prestes, os Mirandas e Vladimir Palmeira.
Acham que vão enganar quem?
PODEMOS, AVANTE, MUDE o quê?
Em outra abordagem que fiz sugeri que todos acabassem e representações de classes profissionais ou com quem estivesse socialmente organizado os substituísse… Falei que sabia que era utopia e sei que é. Mas seria melhor do que fundão de 3 bilhões, “detritão” e as outras armadilhas que serão nos empurradas goela abaixo.
Saberíamos em quem estaríamos votando.
Como é no seu conselho de classe. Na Comissão de Ética do seu hospital, Na CIPA da sua empresa.
Outro dia fiquei a comentar que as figuras que nos comandam são invisíveis.
É o “MERCADO” que dita tudo. É atras dele que todos correm e abaixam-se.
Até brinquei que, quando era criança, queria saber quem era o “Dr. Honoris Causa”.
Tem ate o ONS-Operador Nacional do Sistema.
Quando as coisas estão difíceis no hospital onde trabalho, falo para chamar o ONS. Perguntam quem é? Digo que é um cara grande, o famoso 4 X 4, barbudo e soturno, cheio de chaves.
Resenhando: Achei desnecessária as presenças dos juízes Sergio Moro e Bretas a comer pipocas na estreia do filme da “Lava-Jato”. Exposição que lhes tira a seriedade do momento.
Insisto: juízes não podem ser pop stars.
Acho, até, que o filme vem em má hora. Seria para daqui a alguns anos, quando tudo estivesse acabado. Se é que um dia acaba. Seria como ver hoje “Os intocáveis”.
Memória
E la se foi Wilson das Neves numa nave sideral. “O samba é meu dom”. “Oh sorte”.
Até.
Diógenes Augusto Archanjo da Silva, o Dr. Didi, é médico ortopedista