ilusão
Por José Renato Forner
e já que estava lá, resolveu fechar os olhos e iniciar uma prece.
era estranhamente confortável aquele silêncio rodeado de santos.
vitrais que vazavam luzes apontando a salvação.
e mesmo sabendo que tudo aquilo era ilusão, se convenceu a orar para si mesmo.
como se a imagem do altar fosse um espelho do seu deus.
para si mesmo – e por si mesmo – pediu que a paz ilusionista se estendesse aquele dia inteiro.
ininterrupta.
saindo do templo, percebeu que precisava reconstruir sua casa, mudar a vizinhança e trocar a marca do tabaco.