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Jundiaqui

 Inclusão é a palavra
26 de maio de 2018

Inclusão é a palavra

Por Kelly Galbieri

Assisti há um tempinho uma peça de teatro no nosso lindo Polytheama, na qual os atores eram portadores de síndrome de Down. Foi tão emocionante…

Uma das atrizes ganhou prêmio de destaque pela sua atuação na peça e comoveu a todos os que assistiam pela sua desenvoltura, por decorar tantas falas e fazer rir uma multidão de crianças e adultos.

Semanas depois, li uma matéria no jornal “Valor Econômico”, com o título “A força da Diferença”. Ali claramente se mostrava que as equipes de trabalho que têm um olhar para a diversidade de gênero, orientação sexual, identidade ou etnia, tem uma produtividade superior àquelas que ficam fechadas em suas “caixinhas”.

Uma das entrevistadas falava sobre não aguentar ficar nove horas em um ambiente de trabalho sem falar da sua vida particular; portanto, não seria possível esconder que era lésbica. Até porque, mostrou com um exemplo que não há como mentir a vida toda. Sua companheira ficou doente e a entrevistada teve de ficar ao seu lado no hospital. Caso não soubessem de sua realidade, teria que inventar um marido, uma “morte de tia” para que pudesse faltar do trabalho. Como todos sabiam de sua vida, foi muito tranquilo e verdadeiro.

Uma outra empresa formou uma equipe de estagiários com 30% de negros, contrariando os anos anteriores que eram todos brancos. Parece inacreditável que isso ainda aconteça no nosso país, mas é a realidade!

E na semana passada vivi a inclusão de pessoas transexuais e travestis em todos os ambientes midiáticos, graças à retificação do nome no registro civil, já que Jundiaí tão bem protagonizou esta ação.

A alegria estampada nos rostos destas pessoas pelo único motivo de verem seus sonhos realizados nas novas certidões mostra como é necessário que o assunto seja amplamente discutido e divulgado, pois embora em nada mude a vida da maioria das pessoas, muitas delas querem dar palpite e demonstrarem suas posições contrárias à causa.

E só para finalizar, fiz ainda essa semana uma fala com adolescentes que cumprem medida socioeducativas. O tema era diversidade sexual, mas naquele momento ficou claro que a inclusão deles na sociedade também é tabu, pois sofrem o preconceito por diversos motivos: por estarem cumprindo medida, por serem negros, por serem gordos, por serem magros demais, por serem evangélicos, por serem umbandistas, enfim, cada um por uma particularidade, por ser diferente do outro.

E na verdade esta é a beleza do mundo, do ser humano. A nossa diversidade, seja ela cultural, religiosa, étnica, sexual ou qualquer outra. O que vale é o respeito!!!

Kelly Galbieri é advogada e assessora de Políticas para a Diversidade Sexual de Jundiaí

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