Pelo Dr. Didi

Ao contrario de 1968, que foi “o ano que não acabou”, segundo Zuenir Ventura, 2020 será o ano que nunca teria que ter acontecido.

É o ano da insensatez.

Insensatez dos negacionistas que, diante de tantas mortes que vieram de forma democrática, teimam em se contrapor ao destino dessa pandemia.
Democracia que, como bem escreveram Sreven Levitiski e Daniel Ziblatt, tende a ser morta.

Insensatez das ruas sem máscaras. Da turba em festas.

Insensatez da politização na guerra das vacinas.

Insensatez do futebol,  que mesmo sem público, está levando a morte e a doença aos clubes.

Falta sensatez aos nossos governantes, que premidos pelo apelo econômico, o que é relevante, preferem a morte ao lockdown.

Não adianta pedir à população, ela é insensata e prefere ir às compras, aos bares…

Só que o sistema de saúde não comporta outra onda agora e até, talvez, outra em janeiro, não dá para aguardarmos a vacinação em massa com qualquer que seja a origem da vacina. Temos que agir antes e com mais rigor!

“A insensatez que você fez
Coração mais sem cuidado
Fez chorar de dor”
(Vinícius e Tom)

E lá se foi o Paulinho, deixando o Roupa Nova despido de sua voz, lá se foi a Nicette… Atingiremos 200.000 mortos pela Covid-19 já já, triste triste.