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 Pai dos burros
23 de novembro de 2018

Pai dos burros

Por Vera Vaia

“Não seja enganado pela mídia que em conluio com urubus próximos inventam de todo lado. Trata-se de uma simbiose de quem sempre fez parte do sistema com o sistema descarado. Quem não tem capilaridade usando quem tem para tirar proveito pessoal e no fim o Brasil perde”. – Carlos Bolsonaro – tuíte postado em 21/10/2018.

Carlos Bolsonaro, o segundo filho de Jair Bolsonaro, é formado em Ciências Aeronáuticas pela faculdade Estácio de Sá, é vereador (PSC) desde 2001 no Rio de Janeiro, e também o responsável pela campanha do pai nas redes sociais.

Nessa semana deixou a equipe de transição por conta de uma desavença com o futuro titular da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno.
Logo após a briguinha, seu nome foi cotado para a Secretaria da Comunicação.

Na SECOM, Carlos Bolsonaro ficaria responsável pela liberação de verbas e pelo gerenciamento de contratos publicitários firmados pelo Governo Federal, mas achou por bem não aceitar o convite. Primeiro pra demonstrar sua putice com o Bebianno e depois porque talvez tenha percebido que ele e a comunicação não estejam se dando muito bem ultimamente.

Pelo menos é o que mostra a postagem acima.

Alguém entendeu o que ele disse?

Fui até fuçar nos compêndios Rousseffianos, e não encontrei paralelos que me fizessem captar a mensagem passada pelo vereador.

E olha que pesquisei bastante. Dentre os vários vídeos assistidos, tive de ouvir como a “mosquita” transmite a Zica, ouvir sobre quando os “nordestinos deixaram suas terras e vieram para o Brasil”, sobre a aula de matemática que demostra que “quatro pra treze dá sete”, e até sobre dobrar a meta atingida. Só parei de pesquisar quando a mulher sapiens se engasgou com ela mesma, e até esse ponto ainda não tinha encontrado a capilaridade que pudesse trazer uma luz que fizesse decifrar o texto do nobre edil.

Em compensação, estudando com minha neta, encontrei uma carta de Pero Vaz de Caminha endereçada ao rei de Portugal Dom Manuel, por ocasião do descobrimento do Brasil, e decifrei logo o escrito. Conclui que é só ter boa vontade para entender mensagens aparentemente cifradas. Com um pouco de esforço ficou fácil entender que o escrevinhador disse pro seu rei, em suas maltraçadas linhas: descobrimos o Brasil, cara!

Confiram: “Posto que o Capitão-Mor dessa Vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Majestade a notícia do achamento desta Vossa terra nova, que se agora essa navegação achou, não deixarei de também dar disso a minha conta a Vossa Majestade, assim como eu melhor puder, ainda que – para o bem contar e falar – o saiba pior que todos fazer”.

Não ficou claro?

Para mim ficou quase tão claro quanto àquela sábia declaração da nossa ex-presidenta, sobre a política de austeridade do Ministro Joaquim Levy, em 2015: “não acho que quem ganhar ou perder, nem quem ganhar ou perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder”!

E assim, com a colaboração de uns e de outros, vamos nos enriquecendo com essa simbiose de idéias em conluio com urbus próximos!

Afinal quem, hoje em dia, ainda se informa com o velho e bom Houaiss?

Vera Vaia é jornalista

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