Por Lucinha Andrade
Acorda, esperançosa e indaga: quando a vacina vai chegar?

Toma café, caminha, escreve, lê, palpita nas redes, mas quando a vacina vai chegar?

Sonha, quer viajar quando a vacina chegar…

Comércio fechado, comércio aberto, comércio fechado de novo. Quando a vacina vai chegar?

Economia abalada, desemprego, carestia: quando a vacina vai chegar?

Hospitais lotados, gente doente, caixões lacrados e nada de a vacina chegar.

Crianças em casa, pais desesperados, escolas fechadas e a dúvida persiste:  quando a vacina vai chegar?

Bares e praias lotados, vírus espalhados, quando a vacina vai chegar?

Abraços tolhidos, viagens frustradas, namoros virtuais, saudades que matam, notícias confusas, enxurrada de fakenews, presidente que urra, governador nas coletivas e ninguém se entende para dizer quando a vacina vai chegar…

Trump cancelado, impeachment à vista, quando a vacina vai chegar?

Da China, da Inglaterra, da Índia, da Rússia, do Butantã, quando a vacina vai chegar?

Dos negacionistas e incrédulos aos esperançosos questionam: quando a vacina vai chegar?

Os ricos, os pobres, os remediados, os negligenciados, os brancos, os pretos, os pardos, os amarelos, os indígenas, os idosos, os novos, os presos, os soltos, os médicos, os enfermeiros, os professores, os alunos questionam: quando a vacina vai chegar?

Café, almoço, jantar, dormir, acordar… um alvoroço de emoções e a pergunta ainda sem resposta: quando a vacina vai chegar?