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Jundiaqui

 Quando surge o alviverde imponente!
7 de dezembro de 2018

Quando surge o alviverde imponente!

Por Vera Vaia

Prometi a mim mesma que não falaria do presidente eleito, Jair Bolsonaro, antes que ele pegasse no batente pra não parecer má vontade para com o político que não ajudei a eleger.

Todos que me leem sabem que não votei nele por não concordar com suas ideias e que também não votei no outro por não concordar com a corrupção que rola solta dentro do seu partido.

Mas domingo passado, a presença de Bolsonaro na festa do Palmeiras (ficamo decacampeão, meu!) me incomodou, e como boa “parmerense”, resolvi botar isso pra fora e dizer o que penso a respeito.

Antes dessa eleição eu nunca tinha ouvido falar que ele, o agora presidente, era palmeirense. Nunca tinha ouvido falar que ele, o agora presidente, tivesse comparecido antes a um jogo do Palmeiras e suado a camisa como torcedor.

No ano de 2016, quando o Palmeiras foi campeão paulista contra o Corinthians, o único nome de destaque no estádio foi o do jornalista Sandro Vaia. Seu nome apareceu escrito no telão do Pacaembu, no momento exato em que estava sendo sepultado aqui em Jundiaí.

Justíssima homenagem a esse que foi um “vero tifoso” do Palestra. Sandro foi palmeirense na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Sempre que podia ia ao estádio com amigos ou com a família. Me lembro de que nossa filha, na época com dois anos de idade, chorou no cavalinho do pai quando um corintiano a chamou de porquinha!

Voltando ao Campeonato Brasileiro, essa visita presidencial causou um certo mal estar na festa alviverde e ficou parecendo que a presença de Jair Bolsonaro naquele momento estava mais para um teste de popularidade (entre os palmeirenses, porém! Os outros devem ter ficado é muito putos quando viram seu mito com camisa verde) do que uma manifestação de um torcedor que prestigia seu time.

Apesar de ter sido convidado, teria sido melhor se tivesse deixado a festa rolar entre os que batalharam para que ela acontecesse: a diretoria, a equipe técnica e os jogadores. Teria evitado assim o constrangimento de não ter recebido o aperto de mão do atacante William Bigode.

Depois de ter repercutido na mídia e nas redes sociais esse momento saia-justa entre os dois, Willian se justificou dizendo que não tinha visto o presidente no palco. Mas as más (e também as boas) línguas disseram que é porque ele tem um filho com Síndrome de Down e que ficou ressentido com o discurso de Bolsonaro sobre as minorias: “as minorias devem se curvar às maiorias”. “A defesa das minorias é coitadismo”.

O atacante foi mal educado? Pode ser! Mas por outro lado, ninguém é obrigado a se curvar diante de alguém que o incomoda.

Além do mais, o jogador estava em seu habitat natural. O peixe fora d’água ali, era outro.

E esse negócio de, hoje a festa é sua, hoje a festa é nossa, é de quem quiser, quem vier, fica bem na Globo e na Avenida Paulista! Lá no estádio, a festa era da torcida que canta e vibra, do Felipão e dos seus dedicados meninos!

Assinado: Vera Vaia palmeirense desde criancinha, e defensora do Time sem Partido! Talquei?

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