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Jundiaqui

 Tempo!
4 de julho de 2020

Tempo!

Por Nelson Manzatto

Quando a noite bateu forte com toda sua escuridão, o dia já tinha caído, nocauteado pelo tempo. O piscar das estrelas me fazia refletir sobre a necessidade ou não de surgir a lua.

Pensava comigo: para que pedir a lua se já tinha as estrelas? E elas estavam ali, com seu brilho, como se fossem lâmpadas de árvores natalinas, num constante pisca-pisca!

Me lembrei dos anjos, carregando as estrelas, me lembrei do sobe e desce celeste e me dei conta de que, a cada movimento, a vida vai passando.

Senti um calafrio na espinha ao imaginar um dia a menos na minha existência, mas percebi que não tinha como impedir o passar do tempo.

Afinal, com toda evolução do ser humano, ninguém tinha inventado, fora do cinema, a máquina que pudesse parar ou fazer o tempo retroceder.

Imaginei na possibilidade de recuperar tempo perdido, mas me dei conta de que não se recupera o que não volta.

Quis sorrir com minha conclusão, mas senti que poderia sofrer com a mesma situação e me contive! Vislumbrei a chegada da madrugada como fonte de inspiração aos poetas, mas a ausência da lua reduziu o número de linhas escritas pelos sonhadores que não querem perder tempo buscando o sono.

E quando o sol apareceu anunciando que o novo dia já era quase adulto, decidi que não havia mais tempo a perder, que era fundamental aproveitar o calor da natureza e buscar o calor humano, mesmo com a pressa de todos em buscar seu trabalho ou de suas conquistas.

Conclui que depende do ponto de vista de cada um a forma de como se aproveitar o tempo.

A vida não espera a decisão das pessoas. Ela vai caminhando, avançando, passando… E se o poeta já disse que “a vida passa no meu cigarro, quem tiver pressa que arranje um carro…” é fundamental saber fumar ou dirigir de acordo com os sonhos a serem realizados!

Nelson Manzatto é escritor e jornalista

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