Borjão, o Papai Noel da ‘barba da hora’, dá saudade
Uma bala perdida mudou a vida de Washington Borges e de milhares de crianças
Edu Cerioni
Em dezembro de 2009, crianças de uma escola municipal fizeram uma divertida sabatina com o Papai Noel. Washington Borges, o Borjão, respondeu sobre tudo e a todos, um dia marcante em minha vida como mediador do encontro e aposto que também na dele e das crianças envolvidas nessa brincadeira que fiz pelo extindo Jornal “Bom Dia”. Era o Papai Noel da “barba da hora”, como uma criança o definiu.
Borjão morreu em 2019 e deixou esposa, filhos e uma legião de fãs que o viram por anos seguidos como o Papai Noel de Russi, Maxi Shopping, ACE, BM Motos e no Jardim Botânico em parceria com a Coca-Cola, enfim, em muitos lugares. Foram 23 anos conservando barba e cabelos longos e brancos para iluminar o Natal de Jundiaí.
Essa escolha teve um forte motivo: levou um tiro, daqueles de bala perdida em Campo Limpo Paulista décadas atrás, e precisou mudar sua vida. Foi aí que leu um anúncio de jornal pedindo Papai Noel e se jogou de cabeça nessa fantasia.
Foto: Julio Montheiro