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Jundiaqui

 Na batida do pandeiro, ela manda a tristeza embora
6 de janeiro de 2020

Na batida do pandeiro, ela manda a tristeza embora

Dona Ignezinha segue no samba, como sempre gostou de ver Odilon, que foi seu companheiro por 63 anos

Edu Cerioni

Solidão apavora, mas alguma coisa acontece e o samba tem um grande poder transformador para dona Maria Ignez de Oliveira Lemi, a Ignezinha do Pandeiro, por sempre rodeá-la de amigos. Viúva desde dezembro passado, ela escolheu seguir nas festa do Bar Natura ao deixar as lágrimas correrem. “Claro que sinto a falta do Odilon, mas ele sempre me apoiou para tocar”, lembra.

Como diz o samba do bloco Refogado do Sandi, do qual é Rainha Hors Concours, “de janeiro a janeiro, Ignezinha do Pandeiro” é figura fundamental da folia de Jundiaí. E agora também exemplo de força para muita gente.

Na véspera da missa de 7º Dia de Odilon, o convite aos amigos para que fossem à Igreja era feito entre um samba e outro durante a festa de apresentação da Corte do Bloco Ponte Torta, no qual também reina sem concorrência.

Nesta quarta-feira (8), ela completa 88 anos, mas a festa será na quinta, quando também acontece a missa de um mês da passagem de Odilon na Catedral. “Foi uma coincidência, porque o bar tem o primeiro show depois das férias dia 9. Assim, estou chamando as pessoas para que rezem comigo às 18h15 na Igreja Matriz e depois que a gente vá ao Natura para um bolinho, com samba claro”.

“Foram 63 anos juntos, de muita alegria e não seria justo ser diferente agora. Ele sempre estava na primeira mesa, ao meu lado, e esse carinho nunca vai desaparecer”, conta. “Quando ele não podia ir, me falava: ‘vá lá, pegue um Uber, e divirta-se’. A gente viveu muito bem”, recorda ela, para quem uma coisa é certa: o samba nunca vai morrer.

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