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Jundiaqui

 Comida de rua dá prêmio “MasterChef” para a jundiaiense Dayanna
28 de outubro de 2020

Comida de rua dá prêmio “MasterChef” para a jundiaiense Dayanna

Ela teve o menor tempo entre os concorrentes na final e ainda assim brilhou e se emocionou

A bispa e assistente contábil de Jundiaí Dayanna Gizella, 33 anos, é a nova “MasterChef Brasil”. Ela conquistou o troféu na noite desta terça-feira (28), em disputa com outros sete cozinheiros no programa da TV Band.

Foi a que teve o menor tempo na rodada final e ainda assim brilhou e surpreendeu os jurados com caldo de mandioquinha com bacon, chips de batata e cocadinha brûlée de sobremesa. Cocadinha um pouco doce demais, disseram Érick Jacquin e Paola Carosella, mas não o suficiente para atrapalhar Dayanna. E ela se emocionou ao receber o prêmio e lembrar de seu saudoso pai, que lhe ensinou os segredos da cozinha.

A escolha foi incontestável na opinião ainda do chef Henrique Fogaça. A apresentadora Ana Paula Padrão listou no começo do programa uma série de presentes e mais R$ 10 mil reais que acompanham o troféu.

Dyanna teve somente 45 minutos na rodada final, enquanto outros concorrentes puderam preparar seus pratos em uma hora. Jacquin chegou a orientá-la para que não fizesse caldo, batata e sobremesa, mas ela foi fiel a suas ideias e acabou reverenciada pelo trio do “MasterChef”, o mais famoso programa da TV brasileira de culinária.

Lembrou que sua avó foi chef de cozinha e seu pai trabalhou com comida. O pai, inclusive, segundo contou, foi deixado por uma mulher em cima da mesa do restaurante da avó, que o adotou. Para ela, cozinhar é se manter perto deles.

No primeiro desafio da noite, a moradora de Jundiaí fez uma feijoada vegetariana, uma sugestão da dupla de cantoras Anavitória. Concorria diretamente com uma artista plástica, que acabou eliminada. Paola achou o vinagrete exagerado na acidez e Fogaça reclamou do arroz e da apresentação do prato, embora ela tenha avançado. Dyanna e mais cinco passaram para a segunda etapa, a das comidinhas de rua. A concorrente Érika, a melhor colocada na rodada inicial, foi quem decidiu tirar tempo da jundiaiense, já vislumbrando todo o seu potencial.

Dyanna é bispa na Igreja Cristã Pentecostal Nova Vida. Estudou Ciências Contábeis na Faculdade Anhanguera de Jundiaí e fez o colegial na Escola Estadual Conde do Parnaíba, no Centro. Nasceu em São Paulo.

Seus planos para o futuro são muitos, mas de uma coisa tem certeza: vai usar parte do prêmio para comprar uma máquina de lavar. “Há cerca de um mês, a minha quebrou. Um dia antes de vir ao programa, lavei muita roupa e torci tudo na mão. Senti bastante dor e achei que isso pudesse me atrapalhar, mas deu certo. Agora, com a quantia em dinheiro, vou comprar uma máquina de lavar nova.”

Os desejos não param por aí e a campeã, que é formada em Ciências Contábeis, pensa em retomar os estudos e se dedicar à gastronomia. “Não encontrei um caminho dentro da contabilidade e isso me deixou frustrada. Tenho vontade de voltar a estudar, fazer uma pós ou algo do tipo. Penso em algo relacionado à culinária porque é muito bom ser elogiado por algo que você já faz, mas ter técnica também é interessante”.

Nunca ter se sentido realizada na carreira desenvolveu em Dayanna o sentimento de que nada do que fazia dava certo. Por isso, vencer o “MasterChef”, para ela, é como despertar seu olhar para novas habilidades. “Quando a gente vai amadurecendo, aprende que o desafio faz parte e com isso ganhei autocontrole, autoconfiança.”

Resolvidos todos os conflitos internos, a competidora contou com sua intuição para vencer. Ao descobrir que o tema da prova era comida de rua, logo decidiu escolher receitas que tinha mais familiaridade. “O caminho escolhido para cozinhar me trouxe muitas lembranças do meu pai, que também era chef. Ele fazia muitos caldos. A batata aprendi assistindo ao programa, mas nunca havia feito, assim como o doce”, garantiu.

Após um certo mistério na degustação, os chefs deram o veredito final e o prato de Dayanne agradou com unanimidade. Não tinha sensação melhor para a campeã, que mais uma vez lembrou do pai, Carlos, que faleceu há 9 anos: “Foi como cozinhar para ele, que nunca provou da minha comida, mas me ensinou muita coisa. Quando o Jacquin me elogiou, foi como se ele estivesse me parabenizando”.

Casada há 13 anos com Elias Feliciano dos Santos e mãe de três filhos (Maria Eduarda, 11, Ana Luiza, 8, e Joaquim, 2 anos), ao término das gravações a vencedora só pensava em voltar para casa com o troféu e celebrar com a família. “É um ato de coragem me dar uma nova chance e me expor para o Brasil. Mostrei que vale a pena persistir e buscar outros caminhos.”

AMEAÇADO

Um dos principais produtos da Band, o “Masterchef Brasil” corre o risco de sair do ar. O instituto de gastronomia argentino Mausi Sebess está processando a emissora e a Endemol Shine alegando uso indevido da marca. As informações são do site “Notícias da TV”.

O “MasterChef” é um dos formatos de TV mais aclamados do mundo, originalmente lançado em 1990, presente em mais de 60 países. A 1ª temporada estreou na Band em 2 de setembro de 2014.

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