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Jundiaqui

 A vez do “teatro inclusivo” da Ateal
15 de setembro de 2021

A vez do “teatro inclusivo” da Ateal

Sete atores surdos te convidam para conhecer seu dia a dia e viajar a um lugar de sonhos

No aniversário de 39 anos, a Associação Terapêutica de Estimulação Auditiva e Linguagem – Ateal Jundiaí prepara uma peça de teatro com atores surdos ou com deficiência auditiva, projeto via lei de incentivo à cultura.

São sete jovens sob direção cênica de Carlos Pasqualim e com apoio de Amanda Ballarin, intérprete de Libras, que se preparam nas tardes de sexta-feira para a estreia de novembro, quando prometem uma experimentação que irá quebrar a barreira do preconceito.

Idealizado pela gestora cultural e diretora artística da Ateal, Giovanna Cardin, esse “teatro inclusivo” é um convite ao espectador para que entre em um mundo conhecido da maioria das pessoas, a rotina diária, mas que também saia dela e embarque no desconhecido, em um mundo de sonhos.

É um espetáculo diferente desde a concepção, afinal traz em seu elenco atores surdos, alguns totalmente e outros parcialmente, que em comum dividem o desejo de levar uma mensagem ao público, isso através dos gestos.

A sonorização é um recurso extra que será usado, mas o objetivo é conseguir transferir ao corpo toda a expressão necessária para que haja uma comunicação mágica – mesmo que para alguns soe incômoda, até pelo desafio ampliado a que estão sujeitos esses jovens este ano, isso por conta da pandemia, o de se usar uma máscara cobrindo boca e nariz.

“A expressão facial é importante, mas com as mascaras, o corpo terá que dar todo o recado”, lembra Amanda.

Os ensaios começaram em março e Pasqualim conta que fez um curso rápido de Libras para melhorar a comunicação com os atores, o principal obstáculo e já superado. Os sinais são usados para acertos em cena, mas não vão aparecer no espetáculo chamado “ATmimos”. “Faremos esquetes performáticas em cima de passagens do dia-a-dia e alguns devaneios oníricos. A plasticidade é muito presente”.

O elenco conta com Giovanna, Maria do Carmo, Isadora, Maria Laura, Fernanda, Lucas e Guilherme. Maria Laura e Fernanda já tiveram a oportunidade de subir ao palco de escola ou igreja, aos demais tudo é novidade.

Lucas Teixeira, 17 anos,  já vê uma grande resposta dos ensaios: “Fiquei menos inibido. Muita gente, amigos e família, sabe que estamos ensaiando e a expectativa é enorme”.

Fernanda Gabriella Picillo, 16 anos, era a única surda entre os atores em trabalhos anteriores e acredita que o resultado de sua participação será melhor: “As pessoas vão prestar mais atenção aos movimentos e vai ser uma sensação maravilhosa estar ali na frente”.

“ATmimos” vai ter exibições nem uma tenda na própria Ateal e também circulará pela cidade. O foco é no público estudantil, inclusive por força da lei de incentivo.

 

 

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