Por José Renato Forner

porque de quieto, não!
morro de excesso, de vitrine, de fratura exposta
morro de ódio
de descaso
(Deus me livre)
morro de tsunami, de afogamento batendo os braços incansados
mas de congestão, nunca.
eu morro de infarto
daquele coração que surpreende
mas de fraqueza, nunca
porque na sala da ante morte
o visitado é a visita:
sofás de couro
ambiente clean
(me sussurraram que o inferno não existe)