O “custo” de cada voto para prefeito em Jundiaí variou de R$ 2,51 a R$ 183,06
Reeleito investiu R$ 5,27 por voto; oito outros candidatos derrotados nas urnas pagaram mais que isso
Cada voto de Luiz Fernando Machado teve investimento de R$ 5,27. Foram mais de R$ 711 mil arrecadados para a campanha e 134.793 votos obtidos no domingo (15), vitória em primeiro turno.
Em termos de comparação, cada voto de Bruno Covas (também do PSDB), em São Paulo, teve valor de R$ 8,73.
Esses dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e trata-se do valor da razão entre a receita arrecadada pela campanha e os votos que ela obteve.
Como se vê no quadro acima, o custo do voto maior foi o de Alê Nicola, inimagináveis R$ 183,06 cada um. A campanha arrecadou R$ 201 mil e ele teve 1.098 votos – não seriam suficientes para elegê-lo sequer como vereador. O menos custo foi da candidata do Psol, R$ 2,51.
O custo por voto de Luiz Fernando foi o nono maior entre 13 concorrentes à Prefeitura de Jundiaí. Gastaram menos que ele somente a própria Cíntia Vanessa do Psol, Silas Feitosa e Pedro Bigardi.
Só uma candidatura não apresentou contas até esta quinta-feira (19), a de Márcia Pará, portanto fica de fora desse balanço.
Os R$ 711.439,46 significam que Luiz Fernando teve 254 vezes mais dinheiro na campanha que o lanterna Edmarco, com seus R$ 2.800,00. Em compensação, o prefeito ganhou 432 vezes mais votos.
CURIOSIDADES
Pedro Bigard, segundo colocado, declarou R$ 52 mil, com uma das doadoras sendo a filha Patrícia (R$ 1,4 mil). R$ 48 mil vieram do partido Rede Sustentabilidade. Foram R$ 4,89 por voto.
Dos R$ 202 mil injetados na tentativa de eleger Fábio Macussi, R$ 75 mil vieram do próprio candidato. O custo de cada voto dele foi mais de seis vezes maior que o do prefeito reeleito.
Dr. Pacheco arrecadou R$ 44.800,00, sendo que quase 70% desse total saiu de seu próprio bolso (R$ 30.600,00). Já Silas Feitosa foi quem doou o total de sua campanha, um pouco mais de R$ 17 mil.
Alê Nicola arrecadou R$ 201 mil, sendo R$ 200 mil do PDT. Ficou em 12º entre 13 candidatos.
Daniela da Camara teve R$ 192 mil para gastar, tudo veio do PT – nacional ou estadual.
A verba do professor Rafeal Purgato foi de R$ 14 mil, para 1,6 mil votos.
Edimarco Silva, último colocado com 312 votos, colocou do bolso os R$ 2,8 mil totais investidos na campanha.
Cerca de R$ 76 mil foi o gasto do terceiro colocado, Edney Duarte Junior.
Uma consultoria doou 94% dos cerca de 100 mil da campanha de Marcus Dantas pelo PSL.