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Jundiaqui

 Aos 8 anos, Lucas Veríssimo já estava predestinado a brilhar pelo Santos
21 de janeiro de 2021

Aos 8 anos, Lucas Veríssimo já estava predestinado a brilhar pelo Santos

Foi quando o zagueiro jundiaiense ganhou um uniforme completo do time praiano

Nascido em Jundiaí a 2 de julho de 1995, Lucas Veríssimo da Silva tem a oportunidade de se tornar o segundo jogador daqui a ser campeão da Taça Libertadores da América com o Santos. A decisão é neste dia 3o, no Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro, diante do Palmeiras e vale o tetracampeonato para o time da Vila Belmiro – os dois primeiros títulos tinham em campo o também jundiaiense Dalmo Gaspar.

Lucas lembra que passou passou parte da infância dentro do Juventus Clube, na Vila Helena, aqui na cidade. O pai era o zelador do clube e a mãe cuidava da limpeza. “Lá dentro tinha quadra de futsal e eu ia jogar bola todo dia”, recordou. “Uma vez, o Juventus de Jundiaí alugou a quadra e meu pai perguntou ao treinador se tinha como me colocar. Eu comecei a treinar e fiquei na escolinha. Eu comecei de atacante. Era fazedor de gols no futsal”, garantiu em entrevista para a ESPN.

Apesar disso, o jovem conseguiu se consagrar quando mudou de posição. “Quando eu passei ao campo senti muitas dificuldades para me adequar. E comecei a crescer muito e o técnico me levou para volante porque me destacava na marcação. Depois de um tempo fui recuado para zagueiro. Foi a melhor escolha que já fiz”, explicou.

Mas antes de se tornar destaque do Santos, foi um longo e árduo percurso do jogador que já está vendido ao Benfica e vai se mudar para Portugal em algumas semanas. Lucas lembrou que os pais ficaram sem dinheiro para pagar a escolinha e ele quase desistiu do futebol. “Meus pais me pediram desculpas e queriam me tirar porque não tinha como me manter. Eu falei: ‘Tudo bem, pai’. Chegou no outro dia eu contei ao treinador do Juventus. Agradeci por tudo e fui embora. Mas poucas horas depois, o técnico ligou para o meu pai e disse que eu teria bolsa e não precisaria pagar mais nada para jogar. Sou eternamente grato a ele por isso. Mantenho contato com os treinadores até hoje”, falou. Lucas se definiu como um fominha, jogando em três times diferentes quando garoto. “Acordava e dormia só pensando em jogar bola”.

De Jundiaí a família foi para Guaimbê (cidade de 5 mil habitantes no interior de São Paulo) e foi na vizinha Lins que entrou em um projeto para revelar jogadores, mas sem resultados por um ano e meio. Desistiu, voltou para casa e só ganhou impulso para se firmar ao ser chamado para defender o Linense. Começava ali para valer essa aventura que o levará ao Maracanã neste final de janeiro de 2021.

O zagueiro fez um Campeonato Paulista sub-17 impecável, marcou 7 gols, e foi contratado pelo Santos. Essa história de jogar pelo time que foi o de Pelé já estava escrita, segundo acredita. No final de 2015, Lucas Veríssimo finalizou as categorias de base e, no começo do ano seguinte, se apresentou ao Santos B e apenas uma semana e meia depois ele já recebia a primeira convocação para o time principal.

Desde os 8 anos, era o Santos que o futuro lhe reservava, segundo conta. “Eu tinha um padrinho santista roxo, o Reinaldo. Quando completei oito anos, ele foi em uma loja e comprou um uniforme inteiro do Santos para mim. Camisa, shorts, meião. Me vestiu e disse: ‘Um dia você vai jogar no Santos’. Naquele momento ele profetizou na minha vida”, explicou Lucas em entrevista ao site “GloboEsporte”. Reinaldo, porém, faleceu antes de ver o afilhado jogar pelo Santos. Agora, Lucas Veríssimo diz que joga em sua memória.

“Havia outros clubes interessados e vieram falar comigo. Outros tentando me convencer a ficar no Linense. Só que sabe quando você sente algo no seu coração que é hora de partir e que ali as coisas vão dar certo? Foi isso que senti na época. Senti que no Santos as coisas iam dar certo para mim. Foi a melhor escolha que já fiz”.

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