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Jundiaqui

 Ex-Divino é a única brasileira na WNBA e revela sofrer preconceito por ser negra
17 de agosto de 2020

Ex-Divino é a única brasileira na WNBA e revela sofrer preconceito por ser negra

Damiris Dantas brilha na “bolha” montada na Flórida e causa frisson no Brasil

O basquete feminino do Brasil bem que precisa de uma nova sensação e quem parece assumir finalmente esse papel é Damiris Dantas, que jogou no Divino COC Jundiaí. Aos 27 anos, ela faz atuações fantásticas nos Estados Unidos, a terra do basquete.

Única do Brasil e de toda a América do Sul na WNBA, ela se tornou espelho para outras meninas que estão surgindo. Desde os tempos da Rainha Hortência e de Magic Paula o país perdeu suas referências neste esporte tão apaixonante.

Em reportagem do site “UOL”, Damiris aparece como herdeira das duas feras das quadras e diz saber de sua responsabilidade por estar na vitrine mundial.

Começou a jogar em Ferraz de Vasconcelos, em escola estadual, foi levada ao Santo André por Janeth Arcain e depois veio defender o Divino/COC, antes de seguir para a Espanha, no Celta de Vigo Baloncesto. Damiris foi escolhida na primeira rodada, 12ª escolha no Draft da WNBA de 2012 pelo próprio Minnesota Lynx que defende hoje, mas não seguiu lá. Atuou por quatro anos no Corinthians/Americana e jogou na Coréia do Sul. Há 10 anos defende a Seleção Brasileira.

Damiris vive na cidade onde, em maio, a polícia matou sufocado o homem negro George Floyd, no estopim do movimento “Vidas Negras Importam”. “Foi tão próximo de mim, sabe? É super perto de onde o time tem os apartamentos. Fiquei bem impactada mesmo”, contou ao “UOL”. E prosseguiu dizendo que sente o preconceito na pele. Um dia, ouviu uma pessoa perguntar se ela, que estava lavando a calçada da própria casa, era dona ou empregada do imóvel. “Não posso ter essa casa porque sou preta? É sério? Não posso ter uma casa legal porque sou preta? Até quando? Eu preciso falar porque eu tô sufocada, eu tô cansada. Não posso mais aceitar ligar a TV e ver um irmão meu sendo morto. Eu quero sim poder entrar numa loja sem o segurança ficar me olhando. Não é mimimi, acontece diariamente. ‘Ah, mas você joga basquete, passa na TV…’. Eles não tão nem aí. Eu sou preta! É o que acontece”, desabafou (veja a reportagem completa).

 

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