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Jundiaqui

 Goalball do jundiaiense Tosim vence de virada e se classifica
27 de agosto de 2021

Goalball do jundiaiense Tosim vence de virada e se classifica

Seleção masculina ganha da Argélia e vai às quartas nas Paralimpíadas

O placar era de 4 a 4 no jogo desta sexta-feira (27), mas em seis minutos o Brasil brilhou sob o comando de Alessandro Tosim e fez 10 a 4, sua segunda vitória em três jogos. A próxima partida do Brasil será contra o Japão, ainda pela fase de grupos das Paralimpíadas de Tokyo, neste sábado (28), às 21h (horário de Brasília).

Com a vitória, a seleção dirigida pelo jundiaiense chegou a seis pontos em três partidas, assegurando presença na próxima fase.

De acordo com o regulamento, quatro das cinco equipes de cada grupo se classificam às quartas. O Brasil está no Grupo A, que tem ainda Argélia, Estados Unidos, Japão e Lituânia.

A estreia da seleção masculina de goalball em Tóquio foi com vitória de 11 a 2 contra a Lituânia, a atual campeã paralímpica. Na partida seguinte, o Brasil foi derrotado pelos Estados Unidos por 8 a 6.

QUEM É – Alessandro, 44 anos, é técnico da seleção brasileira masculina de goalball desde 2009, um esporte desenvolvido exclusivamente para deficientes visuais.

Quando iniciou na faculdade de Educação Física, o objetivo era ser professor de karatê, esporte que realizava desde criança. Em 1998, após assistir a um debate sobre projetos esportivos para PCDs, se viu conversando com a palestrante. O diálogo foi construtivo: três semanas depois, ele estava dando aula de karatê para pessoas com deficiência visual e iniciando, mesmo sem saber, uma história de paixão pelo paradesporto.

Ao site “Ação Paratleta”, ele contou: “Eu apresentei o goalball para o pessoal que eu já dava aula de karatê. Eles gostaram e nós começamos a brincar, jogar entre nós. Depois disso, começamos a competir. Dois anos depois, estávamos entre os três melhores do Estado”.

Dali pra frente, o contato com o público PCD foi se ampliando. Muitas das suas experiências, ele atribui ao Programa de Esportes e Atividades Motoras Adaptadas (Peama), desenvolvido pela prefeitura de Jundiaí. Do estágio no município à chegada ao posto que ocupa hoje, se passaram cerca de oito anos, até que, em 2009, o professor Alessandro recebeu, da atual Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV), o convite para assumir a seleção de goalball.

Em 2011, um marco: a conquista do primeiro título internacional, nos Jogos Parapanamericanos, de Guadalajara, no México. A medalha de ouro garantiu à seleção masculina uma vaga para Londres 2012. Além dos brasileiros, a competição reuniu outras potências da modalidade. Os canarinhos venceram os EUA na final, pelo placar de 5×3. O resultado deixou os norte-americanos de fora das Paralimpíadas do ano seguinte.

“Fomos para Londres e, então, começamos a entender o potencial da nossa equipe em brigar por medalhas num âmbito mundial. Diziam que estávamos lá como azarões, mas nós chegamos na final e conquistamos a medalha de prata”.

Depois disso, as participações em eventos internacionais se tornaram frequentes. As vitórias também. Entre as conquistas em competições oficiais estão: o campeonato mundial de 2014; o bicampeonato do Parapan, em 2015; a medalha de bronze na Rio 2016; o ouro no Campeonato das Américas de Goalball, em 2017; o bicampeonato mundial, em 2018; e a mais recente delas, o tri nos Jogos Parapanamericanos de Lima, em 2019.

Fotos: Divulgação/Comitê Paralímpico Brasileiro

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