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Jundiaqui

 Aurélio Franzin e a descoberta dos Carbonari
24 de janeiro de 2024

Aurélio Franzin e a descoberta dos Carbonari

“Cultivando Uvas, Sonhos e Tradições” é o livro recém-lançado por Francisco José Carbonari que resgata a saga familiar de Antonio Pietro Carbonari e Maria Storani. É uma viagem no túnel do tempo e que registra a importância deles para a Festa da Uva, afinal foram os primeiros quatro cachos de uva rosada colhidas nas terras do ‘nonno’ e pesando um quilo ao todo que foram expostas em 1934 no Mercado Municipal para surpresa de milhares de visitantes da 1ª Exposição Viti-Vinicola e de Fructas em Jundiahy.

Sim, foi na propriedade de Antonio que em finais de 1933 se notou na vinha que “uma cepa de Niagara Branca ostentava em alguns pâmpanos maravilhosos cachos de bagas vermelhas. Nascera assim, por mutação somática no Sítio Retentem, a Niagara Rosada, que se tornaria a uva mais cultivada do Estado de São Paulo atualmente”.

Uma curiosidade é que as primeiras remessas mandadas para venda no Rio de Janeiro não tinham boa aceitação, sua coloração causava estranheza e ela encalhava. Antonio mandou avisar aos queixosos comerciantes que cobrassem mais pelo produto, por ser algo raro, exclusivo do Traviú. Deu no que deu…

AURÉLIO FRANZIN – Um outro livro anterior intitulado “Cultura da Uva Niagara Rosada”, de autoria do pesquisador Fortunato Garcia Braga, coloca em evidência na história um dos empregados de Antonio Carbonari: Aurélio Franzin.

“Foi um empregado do proprietário, chamado Aurélio, quem descobriu a mutação ocorrida. Aurélio comunicou o fato ao filho do proprietário, Eugênio Carbonari, e este marcou um bacelo do qual surgira o cacho e, com ele, fez alguns enxertos. Todo material enxertado produziu cachos rosados. Desta forma surgiu a Niagara Rosada”. Ele diz ainda que “posteriormente surgiram outras mutações da videira, sem no entanto apresentarem interesse econômico”.

Aqui vale uma observação: o sobrenome de Aurélio aparece no livro de Fortunato Braga como sendo Franzini, com “i” no final. Em Louveira, no entanto, o nome é Rua Aurélio Franzin, sem o “i”.

O agricultor nasceu em Jundiaí em 1894 e morreu em Louveira, para onde se mudou, em 1972. Foi casado com Rosa Bertuzo e tiveram 9 filhos. Aurélio Franzin é nome que aparece também na pedra fundamental da Igreja de Santo Antônio de Louveira, que ajudou a construir.

 

 

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