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 Jundiaí já teve o maior vinhedo do Brasil
4 de setembro de 2020

Jundiaí já teve o maior vinhedo do Brasil

Por Vivaldo José Breternitz

O professor italiano Celeste Alexandre Gobbato (*Volpago del Montello, 1890 +Porto Alegre, 1958) foi um renomado agrônomo, enólogo, cientista e escritor. Veio para o Brasil em 1912 a convite do governo do estado do Rio Grande do Sul a fim de ensinar na Escola de Engenharia de Porto Alegre.

Considerado o grande pioneiro da vitivinicultura moderna no Brasil, deixou notável contribuição ao estudo e ao aperfeiçoamento da produção da uva e do vinho, dando aulas, prestando assessoria técnica e dirigindo instituições que atuavam na área, tendo produzido obras de referência neste campo.

Gobbato esteve em Jundiaí, e escreveu que aqui percorreu a propriedade de De Vecchi e Cia., onde, segundo observou, havia “um vinhedo de seguramente 180 mil pés, plantado de uva tinta, que produzia o híbrido conhecido como Seibel nº 2”.

Na matéria, o professor informava que o maior vinhedo do Rio Grande do Sul”, “situado no município de Bagé e pertencente a J. Marimon e Filhos, conta somente com pouco mais de 60 mil pés de parreiras, entre as quais, predomina, como em Jundiaí, a Seibel nº 2”. A foto acima mostra-o em uma cantina colonial em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul.

A propriedade visitada por Gobbato era a Fazenda Progresso, próximo à Vila Arens (essa fazenda transformou-se mais tarde na Vila Progresso, parte da qual é chamada Vila De Vecchi).

Era a maior cultura vitícola do país; chegou a ter 360.000 videiras numa área de 100 hectares. Era uma propriedade modelar: ali atuava um engenheiro agrônomo (G. Cunha), aplicava-se fertilizantes químicos e eram utilizados equipamentos mecanizados.

A uva Seibel, conhecida em nossa região como Corbina, foi criada pelo médico e vitivinicultor francês Albert Seibel no fim do século XIX, a partir de castas europeias e americanas, com o objetivo de criar variedades de uva resistentes à filoxera, praga de origem americana que dizimou os vinhedos europeus na segunda metade do século XIX.

Com esse objetivo, Seibel criou mais de quinhentas variedades de uvas, designadas pelo nome “Seibel” seguido por um número. Da França, a casta se disseminou para o Brasil, Nova Zelândia, Canadá e outros países, sendo utilizada para a produção de vinhos baratos.

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