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Jundiaqui

 Calor forte e chuvas facilitam aparecimento de escorpiões, o que gera alerta da Sobam
6 de fevereiro de 2019

Calor forte e chuvas facilitam aparecimento de escorpiões, o que gera alerta da Sobam

Hospital Pitangueiras está preparado para atender as ocorrências; Dr. Alfredo Coluccini Neto dá orientações

Só no ano passado, a vigilância sanitária registrou a captura de 200 escorpiões e mais de 40 ocorrências de pessoas picadas em Jundiaí. Calor forte temperado com chuvas facilitam o aparecimento desse bicho peçonhento por aqui e pedem atenção do jundiaiense.

Alguns bairros, como a Vila Municipal, onde está instalado o Cemitério Nossa Senhora do Desterro, têm convivido com um aumento acentuado do aracnídeo.

Conhecidos pelas ferroadas dolorosas e as fortes dores provocadas nas pessoas, esses animais são sorrateiros, silenciosos e com a capacidade de se enfiar em qualquer fresta ou buraco.

No país há mais de 170 espécies de escorpiões, mas só algumas, como o Tityus serrulatus, o escorpião-amarelo, têm relevância do ponto de vista da saúde pública – este mesmo que se tem notícias de casos de ataques por aqui.

Pesquisas apontam que quatro em cada 10 mil pessoas picadas morrem. Em 2017, foram contabilizadas 143 mortes causadas por escorpiões, mais da metade do total dos ataques fatais de animais peçonhentos (278) – não há dados de 2018 ainda. Ou seja, para a saúde humana, faz mais sentido se preocupar com esses aracnídeos do que com serpentes e outros.Responsável pelo Pronto Socorro Cirúrgico do Hospital Pitangueiras e o Resgate Sobam, o médico Alfredo Coluccini Neto dá orientações. Confira:

Como reconhecer quando alguém foi picado? E se for criança, a dificuldade é maior?

Dr. Alfredo: “A picada do escorpião pode se manifestar apenas com um ardor local, vermelhidão na pele e dor na região. Em casos mais graves podem surgir vômitos, taquicardia, hipotensão, agitação ou sonolência. As crianças estão mais sujeitas aos sintomas mais graves. A identificação do animal, se possível, é a melhor maneira de se fazer um diagnóstico preciso”.

É possível tomar alguma providência em casa?

“Sim, em casa devemos saber que os escorpiões são animais de hábitos noturnos e que se alimentam principalmente de grilos e baratas, portanto algumas medidas podem ser tomadas, como instalação de telas em ralos, pias e uso de protetores de porta. É fundamental limpar terrenos baldios, evitar acúmulo de lixo, retirar entulhos, tijolos e não deixar a grama alta. Outras dicas: olhar dentro de sapatos e botas antes de calçá-los e usar luvas de couro para manipular material de construção”.

Os escorpiões também podem aparecer em apartamentos?

“Sim, com menor frequência mas podem, principalmente em casos de reformas ou nos jardins”.

Em que momento o médico deve ser procurado?

“Sempre que houver a suspeita de um acidente e o mais rápido possível”.

Quais as formas de prevenção?

“Cuidados domésticos, principalmente entre os meses de dezembro e março”.

O Hospital Pitangueiras já registrou vítimas de picadas?

“Não há noitificação em nosso hospital, mas estamos aptos a fazer o atendimento necessário”.

Qual o tipo de tratamento indicado para quem é picado?

“Sempre o tratamento deverá ser feito por um médico e em um hospital. Em casos leves, o que se usa são compressas mornas, medicamentos para dor e bloqueio local com anestésicos. Em casos moderados e graves podem ser indicados o soro antiescorpiônico e outros medicamentos para manutenção da vida, inclusive com internação em UTI”.

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